quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Lições de Mãe Luiza

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Lições de Mãe Luiza
O que não tem remédio remediado está
PDF 761

O que não tem remédio, remediado está (1)
A comunidade de Mãe Luiza ao longo dos anos de sua existência ficou resguardada e restrita. Isolada e ilhada no Morro de Mãe Luiza. O topo de uma ilha nômade em um mar de areias que se movimentam com os ventos e as variações das marés ao longo da costa potiguar. Formando, removendo e recriando novas ilhas, as dunas.  
Com a vegetação e população rasteira enraizada, criou suas próprias raízes, e deu estabilidade ao morro, que deixou de ser nômade. Ganhou status de bairro, fixando-se entre o mar e a cidade. Entre o mutável e o imutável, entre um espaço que o homem modifica e outro que o homem tenta entender, saber utilizar, e não temer.
Comodidades e facilidades vistas lá de cima. Com 37 metros de altura são necessários uma centena e meia, de degraus para chegar a seus olhos que enxergam a mais de 40 km das praias natalenses, cobrindo parte da costa potiguar, desde 1951. E uma estrela de cinco pontas estendida na areia, e perto do mangue, na esquina da praia, junto à foz do rio Potengi lhe dá proteção, bem antes de sua construção.
Mãe Luiza do topo do morro, com seu nome, e seu olhar de 360 graus, por ora deslumbrava o mar por ora deslumbrava a terra. Uma hora olha para a Zona Sul e outra hora olha para a Zona Norte, ora para a Zona Leste e ora para a Zona Oeste. Todos os pontos cardeais passam pelo olhar de Mãe Luiza, quer seja de dia, ou de noite. Com a Rosa dos Ventos a seus pés cumpre seu olhar ritmado de vigilância. Sua preocupação maior é avisar e sinalizar para quem está distante na imensidão do mar e na escuridão da noite.  
Embora esteja mais preocupada em avisar quem esteja distante, está atenta a seus filhos que estão próximos a seus pés. Está localizada entre a ponta do Calcanhar e a ponta do Cotovelo, na região lombar de um enorme elefante. Os glúteos do paquiderme participam da flora local e da flora intestinal. Pontos de vistas geográficos e anatômicos. A fisiologia do corpo e do terreno; esotéricos, com pontos de vistas climáticos e sazonais.
Ao longo dos anos Mãe Luiza soube viver e conviver, sem urbanização e sem as facilidades da vida urbana e suas modernidades. Mas quem desce do morro não morre no asfalto. Sobreviveram com suas dificuldades criando suas próprias estratégias, facilidades para obter comodidades da vida moderna.  
Antes de serem teorizados os conceitos de geração e gestão de resíduos, já implantaram a teoria dos 3Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. E assim construíram suas residências, reunindo as pessoas, reduzindo custos, reutilizando materiais e reciclando ideias. Enquanto não tiveram água e luz, economizaram em benefício da cidade. Economizaram gastos com saneamento e calçamento; atendimento e medicamento. E ajudaram a produzir bens.
O que Mãe Luiza avistava de longe, seus filhos podiam ver de perto. Moradores ao descer para trabalhar e se deslocar, em compras e passeios, podiam ver as melhorias e as mudanças que a cidade passava. Observaram mudanças ao longo dos anos, e mudanças às vésperas da Copa 2014. E lá longe onde era uma lagoa ainda nova,
formou uma duna artificial, e uma lagoa de luz.  Em dias de festa canhões de luz disparam feixes coloridos para todas as direções. Mas não alcançam o oceano que chega junto de Mãe Luiza.  
Mãe Luiza avistou as chegadas dos turistas antes dos canhões de luz da Lagoa Nova. Turistas que chegaram pelo mar e pelo ar. Um turista devoto de Nuestra Señora de Guadalupe, a Imperatriz da América (2000), Senhora dos Céus, deixou sua embarcação e lançou-se ao mar (jun/2014), e só Mãe Luiza pode saber onde ele se encontra.
Os pobres ao longo da história sempre ocuparam áreas desprezadas e renegadas pela colonização e pela urbanização. Ocupam morros e depressões, mangues e alagados, encostas e dunas. Natal/RN, não fugiu a regra da urbanização, não sobrou espaço ao nível do mar. Entraram na Mata do Bode imaginando um Novo Mundo. Em busca de um lugar mais perto do céu, junto com uma parteira, Mãe Luiza. As populações que vieram do interior, como mariposas, foram atraídas pela luz do farol.
A engenharia e a tecnologia tornaram fáceis os acessos a lugares antes inatingíveis. Com dinheiro e mobilidade puderam tornar lugares inacessíveis em locais aprazíveis. Resultado: pobres com vista para o mar e em área nobre. E por estarem localizados em uma área nobre, ela passou a ser cobiçada por olhares pobres. Pobres de imaginação e pobres de inovação.  
Ao longo da história as classes dominantes se apropriam de ideias das classes menos favorecidas. Enquanto o pobre joga partidas de peladas no meio das ruas com uma bola improvisada, a classe dominante desapropria espaços para modernas arenas. Futebol e carnaval deixam de ser capital cultural do povo para ser estratégia de dominação.  
Uma classe dominante, sobre uma classe menos privilegiada. Aguardente e pinga ganham rótulo e embalagem diferenciada para ser cachaça de rico. Squash um jogo criado em celas de penitenciárias, ganhou uniforme alinhado e raquetes de carbono para serem usadas em quadras com ar condicionado.
A natureza é sábia, providenciou e abriu uma rua, para Mãe Luiza descer em direção ao mar. Uma rua entre dois prédios de luxo, desembocando na avenida beira mar. Um dia distante desbravadores desembarcaram na praia. E Mãe Luiza chegou com suas areias de volta as praias.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  22/06/2014

O que não tem remédio, remediado está. (2)
Os quatro elementos: água, terra, fogo e ar. Podem se combinar entre si ou destruírem-se entre si, tudo depende de um ponto de vista: de um lugar, de uma situação e de um momento. Terra com fogo e água inspirados pelo vento. Fogo morro acima, e água morro abaixo, são situações difíceis de conter e controlar. O fogo sobe rapidamente ardendo tudo que encontra pela frente, por vezes soprado pelo vento. A água desce, pela ação da gravidade provocando erosão, ao escoar abrindo caminhos para sua passagem. E com o vento desespera a todos, carregando bens e pertences.  
Um ciclo natural: as águas evaporadas se precipitam, correm pelos divisores de água, se encaminham para os rios, e os rios desembocam no mar. E ensinou Luiz Gonzaga, “O riacho do Navio; corre para o Pajeú; o rio Pajeú vai despejar no São Francisco; e o rio São Francisco vai bater no meio do mar”. Fechando assim o ciclo natural da água: evaporação, condensação e precipitação. Mãe Luiza alertando os navios e mais o riacho do Navio, por muito tempo, ficaram sem rádio e sem notícias das terras civilizadas.
Um ciclo natural existe, e sabia-se sobre o período de chuvas na região. Em Mãe Luiza o homem não se precipitou em criar segurança, e a água precipitou do céu, e assim criando precipícios no morro. Mas a natureza é sabia, destrói criando e dando condição de um recomeço. Destrói sob o ponto de vista de quem perdeu, constrói sob o ponto de vista da evolução, das coisas e das necessidades do mundo, do momento. As intempéries e os desígnios de Deus, pela compreensão dos homens e das companhias seguradoras. A evolução finaliza para um novo recomeçar.  
Natal é natalício e nascimento. Recomeço é renascimento. Desde o dilúvio bíblico, uma lição ficou, a preparação e o recomeço. Antes do dilúvio Noé recebeu uma mensagem do céu. A meteorologia observa e analisa o céu, e faz previsões antecipadas de chuvas para o período. Noé como líder, construiu uma arca para conter sua família e seus animais, seus bens materiais e imateriais. E as lideranças informadas pela meteorologia não construíram grandes arcos de contenção, nas encostas, para proteger seu povo e seus bens, tangíveis e intangíveis.  
A natureza sábia destruiu o morro, mas providenciou uma rua, mostrou uma saída, um novo começo, para Mãe Luiza. Descer em direção ao mar, na direção que o farol ilumina e alerta aos navegantes. Uma rua entre dois prédios de luxo, desembocando na avenida que beira o mar. Um dia distante desbravadores desembarcaram na praia. Tudo é um ciclo que precisa ser compreendido. As dunas são formadas a partir das praias, com ações dos ventos e das marés.  
E Mãe Luiza chegou com suas areias de volta ás praias. Formando uma Mãe Preta com Areia de Luiza, na mistura de terra e mar, com silvos de ventos em águas
turvas e areias pedrosas, provocando um impacto ambiental e impedindo um índice ideal de balneabilidade. Tal como o povo, Mãe Luiza, desceu saindo de uma suposta zona de conforto, também foi às ruas. E assim declarou aos quatro ventos e aos três poderes, em suas zonas de conforto, suas necessidades sociais e urbanísticas. Depois de muitas deglutições e indigestões, infecções e infestações, como uma diarreia paquidermiana.
Natal é reconhecidamente formada por dunas fixas e dunas móveis. Dunas móveis por ação dos ventos e das marés. Dunas móveis que se tornaram fixadas pela vegetação que ali se instalou. Com a flora enraizada, se estabelece a fauna. E Mãe Luiza se instalou e se fixou, com suas filhas gerando descendentes, Floras e Faunas, flores e frutos, para que a enorme duna alinhada à praia se tornasse uma duna móvel,ou fixa.  
Mas a geografia e a geologia, assim como a Terra, estão sempre em movimento, aliadas a climatologia e a meteorologia vão movimentando, misturando-se entre si. E Mãe Luiza foi alterando suas formas e composições. Para estabelecer um acampamento, é preciso analisar o terreno antes de ocupar. É preciso planejar uma rota de fuga em situação de emergência. E Mãe Luiza fez; se instalou e planejou uma rota de fuga.  
Com ajuda das chuvas e colaboração de redes de saneamento e abastecimento abriu sua rota de fuga. Lançou seu tapete de areia entre dois prédios na orla. Abriu passagem para seus moradores descer. Uma passagem tomada pelo tempo e pelas construções, com ferro, tijolos, cimento e areias, misturados e empilhados. Tomada por aqueles que cobriram sua vista para o mar. O mar da imensidão, do infinito. O mar que é o caminho para quem chega e quem sai. O mar que um dia os descobridores chegaram, e como colonizadores voltaram. Como soldados chegaram e se instalaram, depois partiram e ainda podem voltar.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  29/06/2014


O que não tem remédio, remediado está. (3)
Mãe Luiza (bairro) ficou excluída da Copa, na programação cultural da Copa e no guia do torcedor. Ficou oculta entre Petrópolis e Tirol. Tornou-se um morro em branco para novas descobertas. Cartolas e carolas devem ter entendido que só as belezas naturais locais eram mais sensuais. As obras artificiais construídas eram mais imbuídas, para um evento internacional, e também deveriam ser mostradas. Mas Mãe Luiza não se intimidou diante uma federação internacional com filmagens artificiais, com regras e lentes digitais. Mãe Luiza ficou ilhada, filmando e avaliando, uma federação internacional com foco nos amadores.  
Façanhas inteligentes para filhos amadores; filhos indígenas com flechas e arcos. Formadores internacionais com focos em um alunado. Com forças de inteligência e forças armadas chegaram. Uma febre internacional desembarcou prometendo futebol e acessibilidade; fortalecimentos imensuráveis e futebol em arenas; festas internacionais com festejos abertos. Revivendo a presença dos americanos, onde e quando as festas eram para todos (fest inter and for all). A força internacional juntou fãs em festas para santos e reis. Promoveu festas internacionais com foco artesanal. Uma força de infantes para forças de amantes, de um futebol inteligente para um futebol no ambiente.
Mas no meio do caminho tinha uma ponte, e tinha uma ponte no meio do caminho. A caminho da arena tinha uma ponte com uma festa de um lado e lagoas transbordando com as águas das chuvas, do outro lado. A chuva que molhou um lado encharcou e inundou no outro. Tal como a moeda tem dois lados, a cara e a coroa, Natal tem dois lados, tem a Zona Norte e a Zona Sul. Com tantas diferenças, que por vezes se entende que a Zona Norte é outro mundo, e não pertence a Natal. Fato notório nos discursos de radialistas e motoristas. Uma terceira ponte para uso exclusivo do transporte público, antes de ser planejada, já é criticada por uns radialistas e muitos motoristas.  
Natal foi uma das cidades brasileiras sede da Copa do Mundo 2014. Outros povos já passaram por Natal, com mais evidências do português, do holandês e do americano, com algumas evidências dos franceses. Agora com a Copa do Mundo em tempos de paz, todos estiveram presentes em um ato de confraternização. Um campo sem batalhas ou muralhas, onde se trocou as balas de canhão, que eram bolas de ferro, por bolas mais leves, recheadas de ar, com artilheiros e zagueiros disputando em campo. E Mãe Luiza não perdeu a oportunidade de mostrar, diante de lentes e câmeras, sua existência e suas exigências, seus problemas durante a Copa.
Em época de Copa do Mundo Mãe Luiza, no lado sul, soube mostrar sua técnica e seu gingado, com muita ginga e precisão em driblar um, e driblar
outro. Correu por um lado e depois correu por outro. Desceu o morro e passou entre dois zagueiros. Dois zagueiros estáticos edificados na área nobre. Mão Luiza cruzou a área nobre sem fazer falta, evitando ser marcado um pênalti. Os zagueiros continuam em pé no mesmo local. Mãe Luiza chegou à linha costeira, sem cometer a penalidade máxima. Entrou com bola e tudo; areia e entulho, lixo e metralha; águas potáveis e servidas.  
Em época de Copa do Mundo Mãe Luiza enfeitou sua Rua Guanabara, palavra de origem indígena que significa seio de mar. Enfeitou sua Rua Atalaia, o refúgio do vigia que observa a chegada dos inimigos. Com resiliência enfrentou catástrofes naturais e problemas artificiais.
Cada dia fica mais evidente a globalização, não só da informação e da comunicação via internet, com as denominadas TICs. Há uma tendência em unificar o mundo, tornar único, um sonho universal. A globalização vem em um processo mais evidente, desde a época dos descobrimentos, dando início ao processo de miscigenação. Uma mistura de raças e espécies, conhecimentos e informações. Para uma troca dos usos e dos costumes, de produtos e mercadorias, evoluindo para serviços e novas ideias.  
A força centrífuga e a força centrípeta, geradas pelos movimentos de rotação e translação da Terra vão misturam ideias e ideais. Daí a necessidade clara de abandonar o heurístico migrando para o holístico. Um fato precisa se analisado por diversos ângulos, diversos pontos de vista.  
E Mãe Luiza lá do alto não tem obstáculo para impedir suas visões, para todas as direções, a partir dos seus pontos de vista, a partir do lugar onde se localiza. Todo ponto de vista, é a vista de um ponto, e cada um enxerga a partir do lugar onde pisa.  
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  06/07/2014





Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento

Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento

Key Words: management; quality;  knowledge

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RN,13/10/2016

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Roberto Cardoso (Maracajá) em/ Roberto Cardoso (Maracajá) in


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quinta-feira, 10 de março de 2016

Mestre, Doutor e acionista majoritário. Ser ou não ser

Mestre, Doutor e acionista majoritário. 
Ser ou não ser

O governo emana do povo e por ele deverá ser exercido. Luis Inácio Lula da Silva entendeu e percebeu a necessidade do saber e do conhecimento, do povo brasileiro. Diante de dificuldades financeiras, falta de recursos para construir novas universidades, optou em alternativas com financiamento de cursos, crédito educativo e parcerias com faculdades particulares.
Hoje, o custo total de um curso superior somando-se mensalidade, deslocamento, alimentação e vestuário durante o seu decorrer são compatíveis com valores de franquias de grifes famosas, em diversos ramos: vestuário, alimentação, perfumaria e etc. Poupam o tempo gasto durante um curso superior e ainda fornecem aprendizado de empreendedorismo, logística, administração de recursos materiais e/ou humanos e o que mais for necessário a uma administração comercial  podendo ainda, o investidor, ser um acionista majoritário da própria empresa.
As instituições particulares de ensino percebendo as dificuldades das instituições publicas estão esbanjando deficiências e carências, cobrando o que querem e oferecendo o que acham ser suficiente e necessário a uma formação universitária sem contudo fornecer conhecimento e informação. Cobram o capital financeiro e não socializam o capital intelectual. Não oferecem estrutura de bem estar e conforto. Alunos depois de formados ainda terão que empreender um curso de pós-graduação. Especialização, mestrado, doutorado e quiçá um pós-doutorado, seja no Brasil ou no exterior, um pós doc. Mestrado e doutorado não constituem uma certificação, não cabendo um certificado ao final e sim uma titulação, cabendo um título de mestre ou um título de doutor que só poderá ser concedido por outro mestre ou doutor, através de uma universidade ou outro estabelecimento de ensino superior autorizado, O termo PhD (Philosophiæ Doctor) atribuído nas universidades anglo-saxónicas.limita-se aos filósofos. 
As empresas vêm sendo chamadas, denominadas de organizações. Tal como um organismo vivo, com órgãos e sistemas vitais, departamentos e seções, funcionando interdependentes, harmoniosamente. E sendo observadas deste modo podemos também fazer uma análise psicológica e fisiológica da empresa. Podemos utilizar o texto de Guimarães, Oliveira Souza e do Egito (2006), que entende como uma boa política, condicional e fundamental a motivação e comprometimento dos funcionários de uma empresa a conseguir uma certificação. O texto de Ferreira, Braga, Sousa Mata, Lemos e Maia, sobre repetição de gravidez na adolescência (2012), que nos leva a crer que uma empresa imatura, ainda na adolescência terá problemas e dificuldades na abertura de filiais, antes da maturação e maioridade de sua matriz.
A história se repete e o dilema de Shakespeare também, diante de uma decisão, Mestre, Doutor, ou acionista majoritário.  To be, or not to be, that is the question 

Roberto Cardoso (Maracajá)
Ativista Cultural Cientista Social

Novos rumos do Jornalismo

Novos rumos do Jornalismo

Nicolau Maquiavel foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano, um pensador da época do Renascimento. Nasceu em Florença em 1469, foi o terceiro filho dos quatro, dois filhos e duas filhas, do casal Bernardo Machiavel e Bartolomea Nelli, uma tradicional família italiana. Pela sua literatura deixada entendemos que as más notícias devem ser dadas de uma só vez. Já a boas notícias devem ser dadas pouco a pouco. Portanto, a má notícia é que deixa de circular a partir do segundo dia do mês de outubro de 2012 a versão impressa do Diário de Natal, passando a existir somente a versão on line, que segundo informe do próprio jornal trata-se de uma tendência global.
A boa notícia. Durante os dois primeiros dias de outubro aconteceu no Centro de Biociências da UFRN uma oficina de divulgação científica voltada a jornalistas atuantes nos veículos de comunicação. A oficina contou com a presença e participação de especialistas em diversas áreas, da ciência e da mídia, com palestras e exercícios. Foi promovida pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte, a FAPERN, um curso de capacitação em Jornalismo Científico, com o tema Interações entre Mídia e Ciência, reunindo jornalistas e pesquisadores. Uma ação do CNPq, órgão do governo federal responsável pelas pesquisas, buscando linkar a comunidade científica com a sociedade, acompanhado os novos critérios da Plataforma Lattes, o currículo dos professores, pesquisadores e cientistas.

O primeiro objetivo do encontro foi mostrar aos jornalistas que a temática ciência também pode ser um bom ponto de pauta jornalística. Durante o evento foram apresentadas ferramentas (recursos, meios), que possibilitam um aprimoramento prático em temas de ciência, tecnologia e inovação. O outro objetivo foi demonstrar aos pesquisadores a necessidade de divulgarem suas pesquisas não apenas nos periódicos especializados, mas também e cada vez mais nos veículos de massa, a fim de possibilitar que toda a sociedade tenha conhecimento de seu trabalho e de sua importância.
O evento antecede a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - 15 a 21 de outubro, que ocorrerá paralelamente com a VII Semana Potiguar de Ciência e Tecnologia 2012 e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia com os temas: sustentabilidade, economia verde e erradicação da pobreza.
Os jornalistas passaram a ter diante de si um leque infinito de possibilidades de pautas, desde o microcosmo ao macrocosmo passando pelas nanotecnologias, ciências humanas e as ciências aplicadas, dividindo com os cientistas uma responsabilidade, a "obrigação social" de tornar públicos os resultados das pesquisas. A partir de agora a mídia jornalística, tem a missão de transmitir no dia a dia, o conhecimento científico e tecnológico em uma linguagem clara aos leitores de jornais. Descartando cientificismos, pragmatismos e epistemologias permitindo ao leitor diário pensar, analisar e refletir: Eu existo! 

Roberto Cardoso (Maracajá)
Analista de Qualidade 
Reiki Master & Karuna Reiki Master 

Trilogias da Gestão da Qualidade

Trilogias da Gestão da Qualidade 


A Cidade dos Reis Magos passou na ultima semana, por conflitos, crises e desajustes nos três níveis administrativos, municipal, estadual e federal. Impasse nos valores das tarifas de transporte público, incêndios, depredações, denúncias de cartel, greves de correios e bancários, dificuldades em hospitais. Presença e uso de forças especiais, Corpo de Bombeiros, SAMU, GM, PM, PF e PRF. Bagagens do crescimento, desenvolvimento e maturação de uma cidade.
Uma conceituação comum de qualidade gera resultados que podem conduzir a equívocos críticos ou oportunidades a determinada organização, seja ela pública, privada ou de capital misto. Qualidade é um termo de uso comum e de domínio público (Paladini). Demim foi responsável por criar 14 princípios de qualidade que norteiam até hoje os estudiosos e os administradores. O conceito de qualidade começou na indústria e hoje é de entendimento a sua importância no setor de serviços, inclusive advocatícios (Cabral, Araujo e outros in Carpe Diem/Facex, 2008/2009).
Na Universidade Federal, a UFRN, a única que pode se prevalecer de ter um campus, aconteceu o I Congresso Norte-Riograndense sobre Inclusão no Ensino Superior de 19/09 a 21/09. Discutiram-se as realidades, os avanços e os desafios da acessibilidade na busca de uma qualidade de ensino e aprendizagem aos portadores de limitações, física, intelectual e auditiva ou visual. . 
Seja no governo municipal, estadual ou federal. Uma pequena, média ou grande empresa. Uma escola colégio ou faculdade. Fazem-se necessário as ações de planejar, desenvolver, checar e agir. Avaliando em ritmo constante e repetitivo com objetivo de sempre melhorar a qualidade do produto ou serviço. 
Três vertentes. Enquanto de um lado do Parque das Dunas discutia-se a inclusão, do outro do parque, acomodados em uma tenda em forma de uma pirâmide diante do mar com o horizonte à frente discutia-se o Direito Criminal em outro congresso (20/09). A dicotomia natalense.
A verbalização de que a gaivota que voa mais alto enxerga mais longe, e melhor, será modesta diante de um mundo globalizado. Voos mais altos deverão ser alcançados. Será necessário avaliar a temperatura, a umidade e a pressão, elementos básicos que determinam as condições climáticas. Afastar cúmulos, stratus e cirrus (nuvens baixas, médias e altas), para então se posicionar e gerenciar como um Big Brother do romance de George Orwell — 1984. 
Paz, Pax e PAS. Com os ânimos contidos, na cidade reinou novamente a Paz, e com o uso das leis a Pax dos romanos. Resta agora estabelecer o PAS, o Programa de Alimentação Segura, que insere e obriga as análises de água oferecida pelas empresas, instituições e escolas aos seus usuários, colaboradores e alunos, sem PAS não há saúde.
Novos rumos da administração. Observar os fluxos de bens e serviços das organizações e das instituições quer sejam ou não com objetivos de lucros, as ações logísticas das produções, dos transportes e distribuições, das armazenagens e comercializações. (Ballou). Com esta imagem tridimensional do ambiente então,
poderá se administrar um país, um estado ou uma cidade. Um esquadrão, um batalhão ou um grupamento, denominações variáveis de acordo com a força militar, seja do mar, da terra ou do ar, Marinha, Exército e Aeronáutica. Uma faculdade, a coordenação curso superior ou uma sala de aula. 
Terceira e ultima vertente, a semana terminou (21/09) com a presença de Jussier Ramalho, o ‘jornaleiro palestrante’ em uma unidade educacional da Avenida Roberto Freire. Um potiguar que conta com muita comicidade um case, a própria história de sua vida, desde a sua infância até os dias atuais, a sua trajetória profissional, adquirindo admiração e simpatia da plateia. Usando o marketing pessoal, o saber aprendido pelas experiências pessoais, o empreendorismo aplicado e técnicas de coaching. Diante de adversidades, preconceitos e instabilidades ao longo de sua vida, não é diplomado, não possui o status de Homo Academicus. grifado por Pierre Bourdieu, ficou no grupo dos outsiders. Sempre insistiu em iniciativas arrojadas e mal compreendidas até o dia que lhe concederam o título de Doutor honoris causa.
O gestor dos próximos anos deverá ser um estrategista generalista, conhecer a história e o histórico em três níveis, em três estágios, em três seguimentos, trilogias. Em três dimensões, assessorado por um ‘Bureau de Informações’. Até o dia que possamos ouvir (audição) ou ler (visão) ou sentir (táctil) uma chamada em três diferentes línguas, como por exemplo: La siguiente parada. Next stop. Próxima parada, Estação Lunar. 

Roberto Cardoso (Maracajá)
Analista de Qualidade  Reiki Master & Karuna Reiki Master | Produtor Cultural e Ativista Cultural  

Arengas históricas, Quatro elementos, Estratégias e Batalha na Roberto Freire

Arengas históricas, Quatro elementos, Estratégias e Batalha na Roberto Freire

Podemos ficar algumas semanas sem ingerir alimento, alguns dias sem água e alguns minutos sem respirar, o ar que nos rodeia, o ar sufixo da primeira conjugação de verbos, que indica os verbos necessários à sobrevivência da alma. Beber e comer, na sobrevivência do corpo. Fato curioso da fisiologia é que a concentração de CO2 é o start para uma nova inspiração, coisas ambíguas da vida. A vida é feita de extremos e antíteses, de oposições, e de dualidades. 
Na Batalha da Avenida Roberto Freire, podemos observar e identificar a presença dos quatro elementos. Na ciência chinesa, encontrados referenciados no I Ching, com tantos pontos enigmáticos que os estudiosos ocidentais tenderam a considerá-lo como um conjunto de fórmulas mágicas (Jung, 1949).
O ar, a incidência de ventos constantes na avenida, que contem o prana, para os indianos, e o ki dos japoneses. O elemento água, fornecida por empresa estatal, sem água pura os exércitos não sobrevivem. Desde a fase embrionária somos envolvidos por este elemento, o líquido amniótico. A água é vista por especialistas como razão das próximas guerras. O elemento terra é representado pelo alimento, oferecido pelas lanchonetes e cantinas, é necessário um bom alimento a ser oferecido. As grandes navegações foram em busca de especiarias para temperar a vida e os alimentos. É na cozinha, na mesa e nos alimentos que encontramos todo o saber e conhecimento obtido pela humanidade. Roteiros turísticos tem a gastronomia local e regional com item obrigatório, é pela comida que se conhece a cultura de um povo. E uma faculdade ou universidade sabendo lidar com os quatro elementos, ar, água, terra e o fogo conjugando-os em um curso de gastronomia se destacará nesta guerra, Refrigerantes e fast food são vistos como símbolo do capitalismo e do imperialismo, mas representam conhecimento e o saber. 
A França, que já dominou o mundo com sua culinária e normas de comportamento à mesa, criou o pão baguete para que soldados pudessem levar pães amarrados nas pernas não ocupando espaço nas mochilas. Os EUA sempre foram sucedidos em incursões porque levavam sua cultura e conhecimento aos campos de batalha, seja em enlatados ou liofilizados. E chegou a Lua com alimentos contidos em drágeas e comprimidos. Cada país procura destacar algum item alimentar como símbolo. O Brasil já decretou a cachaça e o acarajé como patrimônio cultural.
Gastronomia é um somatório de conhecimentos e informações, como também uma estratégia em batalhas. O elemento fogo que organiza os elementos e compõe toda esta estratégia já foi razão de guerras, uma delas dramatizada no filme “2001 Uma Odisséia no Espaço”, onde há uma disputa pelo do fogo, por primatas, o fogo que veio do céu, grande artífice da civilização (Goldkorn, 1999). Um filme sem diálogos e sem legendas, sonorizado pela obra clássica de Strauss “Also Sprach Zarathustra", inspirada no filosofo F.Nitchie, e com arranjo musical de Eumir Deodato, músico e instrumentista brasileiro.
Estratégias é um conjunto de ações que possam ser empreendidas para romper fronteiras e limites (Patel, 2005). O estrategista holandês Maurício de Nassau ordenou a abertura de um canal para entrada na Lagoa de Guaraíbas, Arês/RN, para se instalar numa ilha denominada Flamengo (Morais, 2007), curiosamente, um time de futebol
carioca, que vez por outra se defronta com o Vasco da Gama, referencia a um navegador português. 
Estácio de Sá, estrategista português, expulsou os franceses do Rio de Janeiro com a ajuda de Araribóia, um índio nativo, nascido na Ilha do Governador, homenagem a Mem de Sá, então governador da época, a Ilha também foi chamada pelos nativos inicialmente de Paranapuã ou Maracajá, um felino conhecido como gato do mato ou jaguatirica, dependendo da região. 
A Ilha do Governador vista de cima, seus contornos lembram um felino, fato curioso ainda não desvendado a Ilha receber o nome de Maracajá. A homenagem a estes felinos pode ser vista na Pedra da Onça, no bairro da Freguesia. Diz uma das versões da lenda que uma índia, acompanhada de um felino de estimação, todos os dias, subia na referida pedra para avistar a entrada da Baía da Guanabara e ver se chegava alguma caravela. A outra versão diz que a índia mergulhava nas águas para banhar-se todos os dias, até que um dia ela mergulhou e não voltou e o felino ficou aguardando em cima da pedra, a volta de sua dona. Moradores sabendo desta história imortalizaram a “onça”. Há ainda outro local na Ilha conhecido como Cova da Onça. Por cinco anos consecutivos (2005/2009) aconteceram eventos em razão dos aniversários da Ilha do Governador (05/09) incluindo concursos literários com trabalhos concorrentes oriundos do Brasil e do exterior, o evento foi denominado Fórum Maracajá e Concurso Literário Maracajá, teve seu fortalecimento com nomes expressivos da cultura local: Áureo Ramos, Adriano Soares e Gilberto D’Alma. Em 2009 os eventos foram atrelados ao IYA/2009 International Year of Astronomy – Ano Internacional da Astronomia em 2009.
E como o P3-Orionn que tem feito sobrevoos, um enorme anhanguera (do tupi añã'gwea), voando mais alto que uma gaivota, vindo do pantanal matogrosense,  observa de longe e do alto, o sítio de guerra da Roberto Freire. 

Roberto Cardoso (Maracajá) Analista de Qualidade  Reiki Master & Karuna Reiki Master | Produtor Cultural e Ativista Cultural

quarta-feira, 9 de março de 2016

JACK and JAC

JACK and JAC

Semana conturbada, no já muito tempo caótico, sistema de transportes coletivos de Natal/RN. Aumento surpresa na tarifa de passagens dos transportes urbanos e manifestação estudantil contra o aumento tarifário. Reuniões e decisões extraordinárias para resolver a questão, e ainda não há certeza de uma solução.
Tarifa é um valor referente a um serviço de necessidades básicas prestado, tal como água e luz. E não pode embutir um lucro almejado pelo empresariado. 
Ao discutir os valores necessários para cobrir despesas, vários itens são colocados como justificativa de elevação da tarifa, cada qual atribuindo culpas a outros: combustível, dissídios de classe, velocidade dos coletivos, volume de gratuidades, planilhas, custos; e etc. Nunca se fala em reduzir o volume de carros nas ruas. 
Em Bogotá, na Colômbia, exemplo que governadores e prefeitos já foram ver de perto, o estacionamento de carros em via pública não é visto como um direito adquirido, o poder público não entende que tem a obrigação de proporcionar e facilitar vagas de automóveis. Cada qual que arque com os custos de abrigar seus cavalos de potencia.
A palavra jegue é originária da palavra inglesa jack que significa asno. Quando ingleses estiveram no NE, no século. 19, participando da implantação de vias férreas utilizaram desta força de tração animal na construção.  Os nordestinos adaptaram a expressão pronunciada em inglês para jegue. E continuam a conduzir seus JAC Motors sem se importar com ruas e calçadas atrapalhando o trânsito e ocupando calçadas. Seja Jack ou JAC todos querem amarrar o seu na porta.

Roberto Cardoso (Maracajá)
Analista de Qualidade 
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Produtor Cultural e Ativista Cultural 

Texto publicado:
Jornal de Hoje em 10 de setembro de 2012
Natal/RN