quinta-feira, 10 de março de 2016

Arengas históricas, Quatro elementos, Estratégias e Batalha na Roberto Freire

Arengas históricas, Quatro elementos, Estratégias e Batalha na Roberto Freire

Podemos ficar algumas semanas sem ingerir alimento, alguns dias sem água e alguns minutos sem respirar, o ar que nos rodeia, o ar sufixo da primeira conjugação de verbos, que indica os verbos necessários à sobrevivência da alma. Beber e comer, na sobrevivência do corpo. Fato curioso da fisiologia é que a concentração de CO2 é o start para uma nova inspiração, coisas ambíguas da vida. A vida é feita de extremos e antíteses, de oposições, e de dualidades. 
Na Batalha da Avenida Roberto Freire, podemos observar e identificar a presença dos quatro elementos. Na ciência chinesa, encontrados referenciados no I Ching, com tantos pontos enigmáticos que os estudiosos ocidentais tenderam a considerá-lo como um conjunto de fórmulas mágicas (Jung, 1949).
O ar, a incidência de ventos constantes na avenida, que contem o prana, para os indianos, e o ki dos japoneses. O elemento água, fornecida por empresa estatal, sem água pura os exércitos não sobrevivem. Desde a fase embrionária somos envolvidos por este elemento, o líquido amniótico. A água é vista por especialistas como razão das próximas guerras. O elemento terra é representado pelo alimento, oferecido pelas lanchonetes e cantinas, é necessário um bom alimento a ser oferecido. As grandes navegações foram em busca de especiarias para temperar a vida e os alimentos. É na cozinha, na mesa e nos alimentos que encontramos todo o saber e conhecimento obtido pela humanidade. Roteiros turísticos tem a gastronomia local e regional com item obrigatório, é pela comida que se conhece a cultura de um povo. E uma faculdade ou universidade sabendo lidar com os quatro elementos, ar, água, terra e o fogo conjugando-os em um curso de gastronomia se destacará nesta guerra, Refrigerantes e fast food são vistos como símbolo do capitalismo e do imperialismo, mas representam conhecimento e o saber. 
A França, que já dominou o mundo com sua culinária e normas de comportamento à mesa, criou o pão baguete para que soldados pudessem levar pães amarrados nas pernas não ocupando espaço nas mochilas. Os EUA sempre foram sucedidos em incursões porque levavam sua cultura e conhecimento aos campos de batalha, seja em enlatados ou liofilizados. E chegou a Lua com alimentos contidos em drágeas e comprimidos. Cada país procura destacar algum item alimentar como símbolo. O Brasil já decretou a cachaça e o acarajé como patrimônio cultural.
Gastronomia é um somatório de conhecimentos e informações, como também uma estratégia em batalhas. O elemento fogo que organiza os elementos e compõe toda esta estratégia já foi razão de guerras, uma delas dramatizada no filme “2001 Uma Odisséia no Espaço”, onde há uma disputa pelo do fogo, por primatas, o fogo que veio do céu, grande artífice da civilização (Goldkorn, 1999). Um filme sem diálogos e sem legendas, sonorizado pela obra clássica de Strauss “Also Sprach Zarathustra", inspirada no filosofo F.Nitchie, e com arranjo musical de Eumir Deodato, músico e instrumentista brasileiro.
Estratégias é um conjunto de ações que possam ser empreendidas para romper fronteiras e limites (Patel, 2005). O estrategista holandês Maurício de Nassau ordenou a abertura de um canal para entrada na Lagoa de Guaraíbas, Arês/RN, para se instalar numa ilha denominada Flamengo (Morais, 2007), curiosamente, um time de futebol
carioca, que vez por outra se defronta com o Vasco da Gama, referencia a um navegador português. 
Estácio de Sá, estrategista português, expulsou os franceses do Rio de Janeiro com a ajuda de Araribóia, um índio nativo, nascido na Ilha do Governador, homenagem a Mem de Sá, então governador da época, a Ilha também foi chamada pelos nativos inicialmente de Paranapuã ou Maracajá, um felino conhecido como gato do mato ou jaguatirica, dependendo da região. 
A Ilha do Governador vista de cima, seus contornos lembram um felino, fato curioso ainda não desvendado a Ilha receber o nome de Maracajá. A homenagem a estes felinos pode ser vista na Pedra da Onça, no bairro da Freguesia. Diz uma das versões da lenda que uma índia, acompanhada de um felino de estimação, todos os dias, subia na referida pedra para avistar a entrada da Baía da Guanabara e ver se chegava alguma caravela. A outra versão diz que a índia mergulhava nas águas para banhar-se todos os dias, até que um dia ela mergulhou e não voltou e o felino ficou aguardando em cima da pedra, a volta de sua dona. Moradores sabendo desta história imortalizaram a “onça”. Há ainda outro local na Ilha conhecido como Cova da Onça. Por cinco anos consecutivos (2005/2009) aconteceram eventos em razão dos aniversários da Ilha do Governador (05/09) incluindo concursos literários com trabalhos concorrentes oriundos do Brasil e do exterior, o evento foi denominado Fórum Maracajá e Concurso Literário Maracajá, teve seu fortalecimento com nomes expressivos da cultura local: Áureo Ramos, Adriano Soares e Gilberto D’Alma. Em 2009 os eventos foram atrelados ao IYA/2009 International Year of Astronomy – Ano Internacional da Astronomia em 2009.
E como o P3-Orionn que tem feito sobrevoos, um enorme anhanguera (do tupi añã'gwea), voando mais alto que uma gaivota, vindo do pantanal matogrosense,  observa de longe e do alto, o sítio de guerra da Roberto Freire. 

Roberto Cardoso (Maracajá) Analista de Qualidade  Reiki Master & Karuna Reiki Master | Produtor Cultural e Ativista Cultural

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