terça-feira, 1 de março de 2016

BATALHA NA AVENIDA ROBERTO FREIRE

BATALHA NA AVENIDA ROBERTO FREIRE
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O homem estuda o universo e observa padrões. Estuda o corpo humano, a mente e continua a observar padrões. Analisa a história e também observa padrões.
  Por séculos a humanidade desejou, brigou e guerreou por produtos e coisas tangíveis. Hoje o produto de maior valor é intangível, o bem mais precioso é o conhecimento, a informação.
Quartéis dos poderosos, dos históricos conquistadores de novas terras, em séculos ou décadas anteriores se reencontram em Natal/RN. Simbolicamente, cada com suas estruturas, hábitos e práticas. Holandeses, portugueses, americanos e potiguares se instalam na Avenida Roberto Freire. Recrutam semestralmente novos contingentes, cada qual buscando obter um exército maior, mais competitivo. 
Os quartéis da Roberto Freire, com seus brasões e símbolos heráldicos à frente, exibem-se diante da avenida, mais avançados ou mais recuados, com maior ou menor ângulo de visão e exibição. Dispostos para combate e marcha em posição ou formação de flancos ou pela cabeça (Maquiavel). 
Toda grande universidade ou grande quartel militar está instalada ou localizado em um campus, um espaço grande e aberto para absorver a energia do universo. A Avenida Roberto Freire não disponibiliza grandes espaços, a especulação imobiliária não permite. O campo verde e energético à frente, o Parque das Dunas, é comum á todos, mas o chi ou ch’i, a energia universal corre com muita velocidade pela avenida e há os que sabem usufruir, não deixando a energia fugir, captando o necessário.
Cada nação ali representada prepara um exército que daqui a dois, quatro, ou cinco anos irá levar suas bandeiras á guerra de mercado. Gramsci (1891-1937) enfatizou que a guerra é a máxima concentração nas mãos de poucos, a máxima concentração de indivíduos nos quartéis. 
A avenida observa uma guerra pelo poder do conhecimento, uma disputa pelo campo educacional, cada qual com seus planos de negócios e suas missões. A economia dos bens simbólicos (Bourdieu, 1930-2002) estabeleceu aquela avenida como seu campo de batalha. Não existe lugar melhor da Cidade do Natal/RN para tropas opositoras se encontrarem e se instalarem para uma guerra, uma avenida socialista, ampla com projetos de ampliação e melhoria. Local de batalhas que não haverá mortos e feridos. Cada qual com seu discurso de melhor qualidade, usando argumentos astutos e científicos para persuadir e garantir seus poderes estaqueados na miséria das maiorias, a miséria do conhecimento. Não haverá vencido ou vencedor, mas irá se destacar aquele que tiver o êxito, aquele que enviar a melhor tropa ao front. Não bastará quantidade, mas sim, qualidade, conhecimento, tática e estratégia, em cada especialidade.
Roberto Freire nome de engenheiro e político socialista. Também é nome de um psicólogo renomado, empresta seu nome a importante via urbana da Cidade do Natal. A avenida que liga a região costeira ao interior, permitindo a interiorização das tropas. A avenida que possibilita e facilita o acesso ao campo de pouso e ao comércio. Facilita a movimentação das tropas turísticas acampadas em luxuosos hotéis junto ao litoral da Praia de Ponta Negra. 
As tropas turísticas já chegaram, desembarcaram, e continuam chegando via navegação aérea, em grandes naus tripuladas. Primeiro chegaram os portugueses com suas naus da denominada TAP ou Air Portugal. Agora estão chegando os holandeses nas naus da K Line, em breve chegaram os americanos nas naus da American Airlines, United, Delta e outras. Isto sem contar outros povos localizados no hemisfério norte com tecnologias para cruzar em poucas horas a linha do Equador. 
A China vem se destacando no cenário internacional com a maior população mundial e despontando como grande mercado consumidor e exportador. O RN já prepara o seu novo aeroporto para receber o maior avião de passageiros do mundo o Airbus, A380.
Portugueses e holandeses sempre foram bons navegadores, desde no limiar da Idade Moderna lançavam-se à conquistar novas terras, novas riquezas. Construíam suas próprias naus. Holandeses ainda estão no mercado de navegação com seus Fokers. Aos poucos perderam a posição de liderança na construção de naus para navegação. 
Com o avanço tecnológico, e aumento da demanda de transporte, hoje estes antigos navegadores recorrem ao uso de naus maiores fabricadas por outros povos, inclusive pelo consórcio Inglaterra-França. Duas nações que já tiveram no ápice de importância diante do mundo, montam grandes ônibus aéreos, os Airbus. Os estadunidenses deverão chegar com naus de fabricação própria, seus Boeings.
No século XVII aconteceram guerras holandesas contra os portugueses aqui instalados, as guerras pelo açúcar, o bem tangível da época. Holandeses tentaram controlar as fontes brasileiras de produção. Hoje estes povos deparam-se novamente, aquartelados com seus líderes e opositores do passado em destaque, Estácio de Sá e Maurício de Nassau. 
Estrategicamente entre estes dois que já se enfrentaram no passado, portugueses e holandeses instalados na Avenida Roberto Freire, encontramos um exército de paz ‘UN’ United Nations associado ao exercito local os ‘P’ de potiguares. Potiguares, capitaneado por um laureado, palavra que significa eminência ou associação com a glória literária ou militar. É usado para os vencedores do Prêmio Nobel (Wikipédia). 

Roberto Cardoso
Produtor Cultural e Ativista Cultural | Reiki Master & Karuna Reiki Master

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