quinta-feira, 10 de março de 2016

Mestre, Doutor e acionista majoritário. Ser ou não ser

Mestre, Doutor e acionista majoritário. 
Ser ou não ser

O governo emana do povo e por ele deverá ser exercido. Luis Inácio Lula da Silva entendeu e percebeu a necessidade do saber e do conhecimento, do povo brasileiro. Diante de dificuldades financeiras, falta de recursos para construir novas universidades, optou em alternativas com financiamento de cursos, crédito educativo e parcerias com faculdades particulares.
Hoje, o custo total de um curso superior somando-se mensalidade, deslocamento, alimentação e vestuário durante o seu decorrer são compatíveis com valores de franquias de grifes famosas, em diversos ramos: vestuário, alimentação, perfumaria e etc. Poupam o tempo gasto durante um curso superior e ainda fornecem aprendizado de empreendedorismo, logística, administração de recursos materiais e/ou humanos e o que mais for necessário a uma administração comercial  podendo ainda, o investidor, ser um acionista majoritário da própria empresa.
As instituições particulares de ensino percebendo as dificuldades das instituições publicas estão esbanjando deficiências e carências, cobrando o que querem e oferecendo o que acham ser suficiente e necessário a uma formação universitária sem contudo fornecer conhecimento e informação. Cobram o capital financeiro e não socializam o capital intelectual. Não oferecem estrutura de bem estar e conforto. Alunos depois de formados ainda terão que empreender um curso de pós-graduação. Especialização, mestrado, doutorado e quiçá um pós-doutorado, seja no Brasil ou no exterior, um pós doc. Mestrado e doutorado não constituem uma certificação, não cabendo um certificado ao final e sim uma titulação, cabendo um título de mestre ou um título de doutor que só poderá ser concedido por outro mestre ou doutor, através de uma universidade ou outro estabelecimento de ensino superior autorizado, O termo PhD (Philosophiæ Doctor) atribuído nas universidades anglo-saxónicas.limita-se aos filósofos. 
As empresas vêm sendo chamadas, denominadas de organizações. Tal como um organismo vivo, com órgãos e sistemas vitais, departamentos e seções, funcionando interdependentes, harmoniosamente. E sendo observadas deste modo podemos também fazer uma análise psicológica e fisiológica da empresa. Podemos utilizar o texto de Guimarães, Oliveira Souza e do Egito (2006), que entende como uma boa política, condicional e fundamental a motivação e comprometimento dos funcionários de uma empresa a conseguir uma certificação. O texto de Ferreira, Braga, Sousa Mata, Lemos e Maia, sobre repetição de gravidez na adolescência (2012), que nos leva a crer que uma empresa imatura, ainda na adolescência terá problemas e dificuldades na abertura de filiais, antes da maturação e maioridade de sua matriz.
A história se repete e o dilema de Shakespeare também, diante de uma decisão, Mestre, Doutor, ou acionista majoritário.  To be, or not to be, that is the question 

Roberto Cardoso (Maracajá)
Ativista Cultural Cientista Social

Novos rumos do Jornalismo

Novos rumos do Jornalismo

Nicolau Maquiavel foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano, um pensador da época do Renascimento. Nasceu em Florença em 1469, foi o terceiro filho dos quatro, dois filhos e duas filhas, do casal Bernardo Machiavel e Bartolomea Nelli, uma tradicional família italiana. Pela sua literatura deixada entendemos que as más notícias devem ser dadas de uma só vez. Já a boas notícias devem ser dadas pouco a pouco. Portanto, a má notícia é que deixa de circular a partir do segundo dia do mês de outubro de 2012 a versão impressa do Diário de Natal, passando a existir somente a versão on line, que segundo informe do próprio jornal trata-se de uma tendência global.
A boa notícia. Durante os dois primeiros dias de outubro aconteceu no Centro de Biociências da UFRN uma oficina de divulgação científica voltada a jornalistas atuantes nos veículos de comunicação. A oficina contou com a presença e participação de especialistas em diversas áreas, da ciência e da mídia, com palestras e exercícios. Foi promovida pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte, a FAPERN, um curso de capacitação em Jornalismo Científico, com o tema Interações entre Mídia e Ciência, reunindo jornalistas e pesquisadores. Uma ação do CNPq, órgão do governo federal responsável pelas pesquisas, buscando linkar a comunidade científica com a sociedade, acompanhado os novos critérios da Plataforma Lattes, o currículo dos professores, pesquisadores e cientistas.

O primeiro objetivo do encontro foi mostrar aos jornalistas que a temática ciência também pode ser um bom ponto de pauta jornalística. Durante o evento foram apresentadas ferramentas (recursos, meios), que possibilitam um aprimoramento prático em temas de ciência, tecnologia e inovação. O outro objetivo foi demonstrar aos pesquisadores a necessidade de divulgarem suas pesquisas não apenas nos periódicos especializados, mas também e cada vez mais nos veículos de massa, a fim de possibilitar que toda a sociedade tenha conhecimento de seu trabalho e de sua importância.
O evento antecede a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - 15 a 21 de outubro, que ocorrerá paralelamente com a VII Semana Potiguar de Ciência e Tecnologia 2012 e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia com os temas: sustentabilidade, economia verde e erradicação da pobreza.
Os jornalistas passaram a ter diante de si um leque infinito de possibilidades de pautas, desde o microcosmo ao macrocosmo passando pelas nanotecnologias, ciências humanas e as ciências aplicadas, dividindo com os cientistas uma responsabilidade, a "obrigação social" de tornar públicos os resultados das pesquisas. A partir de agora a mídia jornalística, tem a missão de transmitir no dia a dia, o conhecimento científico e tecnológico em uma linguagem clara aos leitores de jornais. Descartando cientificismos, pragmatismos e epistemologias permitindo ao leitor diário pensar, analisar e refletir: Eu existo! 

Roberto Cardoso (Maracajá)
Analista de Qualidade 
Reiki Master & Karuna Reiki Master 

Trilogias da Gestão da Qualidade

Trilogias da Gestão da Qualidade 


A Cidade dos Reis Magos passou na ultima semana, por conflitos, crises e desajustes nos três níveis administrativos, municipal, estadual e federal. Impasse nos valores das tarifas de transporte público, incêndios, depredações, denúncias de cartel, greves de correios e bancários, dificuldades em hospitais. Presença e uso de forças especiais, Corpo de Bombeiros, SAMU, GM, PM, PF e PRF. Bagagens do crescimento, desenvolvimento e maturação de uma cidade.
Uma conceituação comum de qualidade gera resultados que podem conduzir a equívocos críticos ou oportunidades a determinada organização, seja ela pública, privada ou de capital misto. Qualidade é um termo de uso comum e de domínio público (Paladini). Demim foi responsável por criar 14 princípios de qualidade que norteiam até hoje os estudiosos e os administradores. O conceito de qualidade começou na indústria e hoje é de entendimento a sua importância no setor de serviços, inclusive advocatícios (Cabral, Araujo e outros in Carpe Diem/Facex, 2008/2009).
Na Universidade Federal, a UFRN, a única que pode se prevalecer de ter um campus, aconteceu o I Congresso Norte-Riograndense sobre Inclusão no Ensino Superior de 19/09 a 21/09. Discutiram-se as realidades, os avanços e os desafios da acessibilidade na busca de uma qualidade de ensino e aprendizagem aos portadores de limitações, física, intelectual e auditiva ou visual. . 
Seja no governo municipal, estadual ou federal. Uma pequena, média ou grande empresa. Uma escola colégio ou faculdade. Fazem-se necessário as ações de planejar, desenvolver, checar e agir. Avaliando em ritmo constante e repetitivo com objetivo de sempre melhorar a qualidade do produto ou serviço. 
Três vertentes. Enquanto de um lado do Parque das Dunas discutia-se a inclusão, do outro do parque, acomodados em uma tenda em forma de uma pirâmide diante do mar com o horizonte à frente discutia-se o Direito Criminal em outro congresso (20/09). A dicotomia natalense.
A verbalização de que a gaivota que voa mais alto enxerga mais longe, e melhor, será modesta diante de um mundo globalizado. Voos mais altos deverão ser alcançados. Será necessário avaliar a temperatura, a umidade e a pressão, elementos básicos que determinam as condições climáticas. Afastar cúmulos, stratus e cirrus (nuvens baixas, médias e altas), para então se posicionar e gerenciar como um Big Brother do romance de George Orwell — 1984. 
Paz, Pax e PAS. Com os ânimos contidos, na cidade reinou novamente a Paz, e com o uso das leis a Pax dos romanos. Resta agora estabelecer o PAS, o Programa de Alimentação Segura, que insere e obriga as análises de água oferecida pelas empresas, instituições e escolas aos seus usuários, colaboradores e alunos, sem PAS não há saúde.
Novos rumos da administração. Observar os fluxos de bens e serviços das organizações e das instituições quer sejam ou não com objetivos de lucros, as ações logísticas das produções, dos transportes e distribuições, das armazenagens e comercializações. (Ballou). Com esta imagem tridimensional do ambiente então,
poderá se administrar um país, um estado ou uma cidade. Um esquadrão, um batalhão ou um grupamento, denominações variáveis de acordo com a força militar, seja do mar, da terra ou do ar, Marinha, Exército e Aeronáutica. Uma faculdade, a coordenação curso superior ou uma sala de aula. 
Terceira e ultima vertente, a semana terminou (21/09) com a presença de Jussier Ramalho, o ‘jornaleiro palestrante’ em uma unidade educacional da Avenida Roberto Freire. Um potiguar que conta com muita comicidade um case, a própria história de sua vida, desde a sua infância até os dias atuais, a sua trajetória profissional, adquirindo admiração e simpatia da plateia. Usando o marketing pessoal, o saber aprendido pelas experiências pessoais, o empreendorismo aplicado e técnicas de coaching. Diante de adversidades, preconceitos e instabilidades ao longo de sua vida, não é diplomado, não possui o status de Homo Academicus. grifado por Pierre Bourdieu, ficou no grupo dos outsiders. Sempre insistiu em iniciativas arrojadas e mal compreendidas até o dia que lhe concederam o título de Doutor honoris causa.
O gestor dos próximos anos deverá ser um estrategista generalista, conhecer a história e o histórico em três níveis, em três estágios, em três seguimentos, trilogias. Em três dimensões, assessorado por um ‘Bureau de Informações’. Até o dia que possamos ouvir (audição) ou ler (visão) ou sentir (táctil) uma chamada em três diferentes línguas, como por exemplo: La siguiente parada. Next stop. Próxima parada, Estação Lunar. 

Roberto Cardoso (Maracajá)
Analista de Qualidade  Reiki Master & Karuna Reiki Master | Produtor Cultural e Ativista Cultural  

Arengas históricas, Quatro elementos, Estratégias e Batalha na Roberto Freire

Arengas históricas, Quatro elementos, Estratégias e Batalha na Roberto Freire

Podemos ficar algumas semanas sem ingerir alimento, alguns dias sem água e alguns minutos sem respirar, o ar que nos rodeia, o ar sufixo da primeira conjugação de verbos, que indica os verbos necessários à sobrevivência da alma. Beber e comer, na sobrevivência do corpo. Fato curioso da fisiologia é que a concentração de CO2 é o start para uma nova inspiração, coisas ambíguas da vida. A vida é feita de extremos e antíteses, de oposições, e de dualidades. 
Na Batalha da Avenida Roberto Freire, podemos observar e identificar a presença dos quatro elementos. Na ciência chinesa, encontrados referenciados no I Ching, com tantos pontos enigmáticos que os estudiosos ocidentais tenderam a considerá-lo como um conjunto de fórmulas mágicas (Jung, 1949).
O ar, a incidência de ventos constantes na avenida, que contem o prana, para os indianos, e o ki dos japoneses. O elemento água, fornecida por empresa estatal, sem água pura os exércitos não sobrevivem. Desde a fase embrionária somos envolvidos por este elemento, o líquido amniótico. A água é vista por especialistas como razão das próximas guerras. O elemento terra é representado pelo alimento, oferecido pelas lanchonetes e cantinas, é necessário um bom alimento a ser oferecido. As grandes navegações foram em busca de especiarias para temperar a vida e os alimentos. É na cozinha, na mesa e nos alimentos que encontramos todo o saber e conhecimento obtido pela humanidade. Roteiros turísticos tem a gastronomia local e regional com item obrigatório, é pela comida que se conhece a cultura de um povo. E uma faculdade ou universidade sabendo lidar com os quatro elementos, ar, água, terra e o fogo conjugando-os em um curso de gastronomia se destacará nesta guerra, Refrigerantes e fast food são vistos como símbolo do capitalismo e do imperialismo, mas representam conhecimento e o saber. 
A França, que já dominou o mundo com sua culinária e normas de comportamento à mesa, criou o pão baguete para que soldados pudessem levar pães amarrados nas pernas não ocupando espaço nas mochilas. Os EUA sempre foram sucedidos em incursões porque levavam sua cultura e conhecimento aos campos de batalha, seja em enlatados ou liofilizados. E chegou a Lua com alimentos contidos em drágeas e comprimidos. Cada país procura destacar algum item alimentar como símbolo. O Brasil já decretou a cachaça e o acarajé como patrimônio cultural.
Gastronomia é um somatório de conhecimentos e informações, como também uma estratégia em batalhas. O elemento fogo que organiza os elementos e compõe toda esta estratégia já foi razão de guerras, uma delas dramatizada no filme “2001 Uma Odisséia no Espaço”, onde há uma disputa pelo do fogo, por primatas, o fogo que veio do céu, grande artífice da civilização (Goldkorn, 1999). Um filme sem diálogos e sem legendas, sonorizado pela obra clássica de Strauss “Also Sprach Zarathustra", inspirada no filosofo F.Nitchie, e com arranjo musical de Eumir Deodato, músico e instrumentista brasileiro.
Estratégias é um conjunto de ações que possam ser empreendidas para romper fronteiras e limites (Patel, 2005). O estrategista holandês Maurício de Nassau ordenou a abertura de um canal para entrada na Lagoa de Guaraíbas, Arês/RN, para se instalar numa ilha denominada Flamengo (Morais, 2007), curiosamente, um time de futebol
carioca, que vez por outra se defronta com o Vasco da Gama, referencia a um navegador português. 
Estácio de Sá, estrategista português, expulsou os franceses do Rio de Janeiro com a ajuda de Araribóia, um índio nativo, nascido na Ilha do Governador, homenagem a Mem de Sá, então governador da época, a Ilha também foi chamada pelos nativos inicialmente de Paranapuã ou Maracajá, um felino conhecido como gato do mato ou jaguatirica, dependendo da região. 
A Ilha do Governador vista de cima, seus contornos lembram um felino, fato curioso ainda não desvendado a Ilha receber o nome de Maracajá. A homenagem a estes felinos pode ser vista na Pedra da Onça, no bairro da Freguesia. Diz uma das versões da lenda que uma índia, acompanhada de um felino de estimação, todos os dias, subia na referida pedra para avistar a entrada da Baía da Guanabara e ver se chegava alguma caravela. A outra versão diz que a índia mergulhava nas águas para banhar-se todos os dias, até que um dia ela mergulhou e não voltou e o felino ficou aguardando em cima da pedra, a volta de sua dona. Moradores sabendo desta história imortalizaram a “onça”. Há ainda outro local na Ilha conhecido como Cova da Onça. Por cinco anos consecutivos (2005/2009) aconteceram eventos em razão dos aniversários da Ilha do Governador (05/09) incluindo concursos literários com trabalhos concorrentes oriundos do Brasil e do exterior, o evento foi denominado Fórum Maracajá e Concurso Literário Maracajá, teve seu fortalecimento com nomes expressivos da cultura local: Áureo Ramos, Adriano Soares e Gilberto D’Alma. Em 2009 os eventos foram atrelados ao IYA/2009 International Year of Astronomy – Ano Internacional da Astronomia em 2009.
E como o P3-Orionn que tem feito sobrevoos, um enorme anhanguera (do tupi añã'gwea), voando mais alto que uma gaivota, vindo do pantanal matogrosense,  observa de longe e do alto, o sítio de guerra da Roberto Freire. 

Roberto Cardoso (Maracajá) Analista de Qualidade  Reiki Master & Karuna Reiki Master | Produtor Cultural e Ativista Cultural

quarta-feira, 9 de março de 2016

JACK and JAC

JACK and JAC

Semana conturbada, no já muito tempo caótico, sistema de transportes coletivos de Natal/RN. Aumento surpresa na tarifa de passagens dos transportes urbanos e manifestação estudantil contra o aumento tarifário. Reuniões e decisões extraordinárias para resolver a questão, e ainda não há certeza de uma solução.
Tarifa é um valor referente a um serviço de necessidades básicas prestado, tal como água e luz. E não pode embutir um lucro almejado pelo empresariado. 
Ao discutir os valores necessários para cobrir despesas, vários itens são colocados como justificativa de elevação da tarifa, cada qual atribuindo culpas a outros: combustível, dissídios de classe, velocidade dos coletivos, volume de gratuidades, planilhas, custos; e etc. Nunca se fala em reduzir o volume de carros nas ruas. 
Em Bogotá, na Colômbia, exemplo que governadores e prefeitos já foram ver de perto, o estacionamento de carros em via pública não é visto como um direito adquirido, o poder público não entende que tem a obrigação de proporcionar e facilitar vagas de automóveis. Cada qual que arque com os custos de abrigar seus cavalos de potencia.
A palavra jegue é originária da palavra inglesa jack que significa asno. Quando ingleses estiveram no NE, no século. 19, participando da implantação de vias férreas utilizaram desta força de tração animal na construção.  Os nordestinos adaptaram a expressão pronunciada em inglês para jegue. E continuam a conduzir seus JAC Motors sem se importar com ruas e calçadas atrapalhando o trânsito e ocupando calçadas. Seja Jack ou JAC todos querem amarrar o seu na porta.

Roberto Cardoso (Maracajá)
Analista de Qualidade 
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Produtor Cultural e Ativista Cultural 

Texto publicado:
Jornal de Hoje em 10 de setembro de 2012
Natal/RN

BIPOLARIDADE DO MUNDO

BIPOLARIDADE DO MUNDO

O historiador Eric Hobsbawm afirmou que o século XX foi breve, começou em 1914 e terminou antes da virada cronológica do século, em 1991. O mundo, em seus últimos anos, viveu intensas modificações com catástrofes, incertezas e crises. A visão cartesiana bidimensional, departamental e fracionária mudou para a visão newtoniana com um ponto de vista espacial, com novas dimensões, mais holístico, influenciando Fritjob Capra a enxergar um paralelo entre a ciência ocidental com o misticismo oriental. Os conceitos básicos de gestão vão buscar fundamentações em Aristóteles. A ciência se entrelaça com a metafísica de Kant e as anotações de Vitrúvio.  Ciência e religião são duas paralelas que se encontram no infinito.
O foco do mundo concentrava-se no hemisfério norte e no lado ocidental. O foco hoje é para o hemisfério sul e para o lado oriental. Paulo Freire em seus escritos já criticava as terminologias de expressão, nortear e norteamento, entendo que seus significados ocultos seriam olhar para os EUA, entendia ser o mais correto usar as terminologias, sulear e suleamento correspondendo a olhar para o Brasil, olhar para a América do Sul. O que era técnico passa a ser humanístico. Os funcionários das empresas, agora chamados de colaboradores, são capacitados e passam a participar do pensamento das empresas, no nível tático, a evolução da Revolução. As empresas já são vistas como organizações providas de sistemas tal como o corpo humano onde os órgãos funcionam interdependentes, tanto a saúde da empresa e do corpo é um bem estar geral. Não há saúde completa quando um órgão, um sistema, um setor ou departamento vai mal. A qualidade de vida, agora é voltada aos colaboradores, usuários, cooperados, fornecedores e parceiros, um ganho para a sociedade, a sustentabilidade que vai garantir vida às gerações futuras.  Depois de tanta ciência e tanto pragmatismo vale repetir a frase de Marx e Engels: “tudo que é sólido se desmancha no ar e todo sagrado é profanado’”. As ditas verdades vão se tornando um conceito impopular, a cultura humana vem trocando o relativismo pelo pluralismo, porque a verdade verdadeira é única, imutável. A Bíblia, livro universal traz ensinamentos e lições de negócios, gestão, administração e governança, vida coragem e mensagem, por Woolfe.
As teorias passaram do Fordismo ao Toyotismo, novas chaves de leitura são propostas, as palavras e a criatividade de Shigeo Shingo já são ouvidas. Mal começamos o século XXI e o mundo passa por mudanças aceleradas a partir do 11 de setembro, quando todo o planeta norteou seus olhares para as torres gêmeas. O profissional que vinha sendo denominado de gestor já vem sendo redenominado de estrategista, já que necessita conhecer um conjunto de situações empreendidas pela humanidade. Saímos da produção agrícola passamos pela produção industrial e vivemos a produção intelectual, a propriedade intelectual que transmite conhecimento e informação.  As faculdades já não formam técnicos, mas cabeças pensantes, mentes capazes de tomar a decisão certa, a tomada de decisão do “poder” decisório. Bourdieu entendeu a busca do máximo saber e conhecimento  como uma luta pelo monopólio da competência científica. Mas continuam as velhas posições, de presa e predador, caça e caçador, rei e súdito, dominador e dominado. A águia e a galinha de Leonardo Boff. 
O Yin e Yang dos chineses, masculino e feminino, macho e fêmea, o dia e a noite, a terra e o céu. O sim ou não incansável dos computadores
Desde a idade média sempre existiram as três classes, três funções, as que combatem, as que dirigem e as que oram, descritos por Demurger. Determinam uma escala de poder, reescalonados e redenominados a cada época, buscando formas de dominação, mesmo sendo as simbólicas como descreveu Bourdieu.
O intelecto é a máxima momentânea, o conhecimento, o saber, a informação, que está armazenada no ciberespaço. O pensamento gira em torno de práticas comunicacionais e mercadológicas.  Gestão da informação, teoria do conhecimento e epistemologia estão em voga. Wheelwrigh descreveu três grandes incompletudes da humanidade: o nosso conhecimento do cosmo que nunca é completo; a nossa compreensão das outras pessoas que não é completa e a compreensão de nós mesmos que também não é completa.
A América Latina unida e consciente desponta com perspectivas de uma participação no mundo globalizado vem relatando Carriquiry Lecour. Estudos avançados em neurociências são realizados no instituto internacional presidido por Nicolelis no RN e outro instituto internacional está sendo implantado, o de energia eólica. A ampliação e renovação do porto marítimo em Natal/RN, um novo aeroporto internacional em São Gonçalo do Amarante/RN. Surge então uma possibilidade de mudar o eixo brasileiro de produção e consumo, de sul-sudeste para talvez norte-nordeste. Para que isto aconteça reformas são necessárias, a exemplo a situação da Itália, vivida e vivenciada por Gramsci, que era exatamente a que é o nordeste no Brasil, fato contextualizado por Carpeaux. A missão de conduzir ao futuro caberá aos mestres em estratégias, 

Roberto Cardoso (Maracajá)
Analista de Qualidade 
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Produtor Cultural e Ativista Cultural

Texto publicado:
Jornal de Hoje em 3 de setembro de 2012
Natal/RN

MARKETING DE GUERRA NA BATALHA DA ROBERTO FREIRE

MARKETING DE GUERRA NA
BATALHA DA ROBERTO FREIRE

Século passado, Segunda Guerra Mundial, o lançamento de panfletos por aviões foi um dos meios de se combater, manejando e manipulando a informação de amigos e inimigos em zonas ocupadas, nos diversos teatros de guerra. E as mesmas armas estratégicas de marketing não poderiam faltar na Batalha da Avenida Roberto Freire.
Milhões de panfletos foram lançados por aviões no decorrer da última Guerra Mundial (Lilian Mascarenhas). Existe uma pista de aviões desativada dentro do Parque das Dunas, uma área militar pertencente ao Exército, protegida por leis federais. Lançar panfletos pela Avenida Roberto Freire poderia acarretar prejuízos na fauna e flora do parque, uma multa pela prefeitura e descrédito das faculdades. As estratégias são os outdoors. Produzidos por recursos humanos. Os exércitos produtores de acontecimentos e conhecimentos, outras faculdades que não se encontram no teatro de guerra, a Avenida, são obrigados a aumentar doses de ataques. E como aqui acontece uma guerra que não produz nem mortos e nem feridos utilizam as armas de marketing colocando outdoors em espaços à frente dos inimigos fazendo-os perderem espaço visual na avenida, ao mesmo tempo em que promovem um recrutamento. 
Em atitude desesperadora, com a carga emocional trazida pelo fim do milênio (in Nivaldo Junior). Buscam belas imagens que passam mensagens subliminares, sabendo que o primeiro enquadramento gráfico é mais potente que o segundo. Não só a cidade, mas a avenida está repleta de outdors dos já citados exércitos, desta batalha, com imagens em close de formandos e formados, felizes, com traços fisionômicos belos. Ao mesmo tempo em que especialistas oferecem novas estratégias de inovação em recursos humanos.
Um avião americano de patrulhamento e pesquisa vem sobrevoando a região de Natal e Parnamirim ultimamente, o P-3 Orion. A grande vedete das novas carreiras implantadas, em novos cursos, remete a imagens de guerra, Florence Nightingale (1820-1910). Florence é um marco na história da enfermagem por mudar o paradigma no tratamento de doentes e feridos, participou como voluntária na Guerra da Criméia (1853-1856). Um símbolo brasileiro tornou-se ícone da nossa enfermagem, Ana Nery (1814-1880), participou como voluntária da Guerra do Paraguai, onde acompanhou os filhos (in Baptista e Barreira). Nightingale percebia e entendia que o asseio, a limpeza e o cuidado seriam essenciais na recuperação de enfermidades, pouco a pouco a ciência foi justificando as razões. A Missão Rockfeller troxe este novo modelo de cuidados no Brasil, durante o governo de Getúlio Vargas (in Franco Santos), foi a presença americana no Brasil tal como acontecida na Segunda Grande Guerra. A sociedade está enferma com carência de conhecimento e informação. Um novo paradigma se faz necessário.
Ainda vivemos uma época tecnicista em que só acreditamos no que é visível. Em coisas visíveis, e nas inalcançáveis, sob lentes de microscópio ou telescópio. Pelo mundo espalhou-se que o mundo terminaria em 2012, Hércóbulos ou planeta vermelho (in Rabolú), calendário Maia e Nibiru foram algumas citações. Não acreditamos no que possa estar ao nosso lado ou simplesmente nossos olhos não vem. O mundo que conhecíamos está acabando, com uma enorme velocidade dos acontecimentos e informações, surge a Nova Era.

Roberto Cardoso
Produtor Cultural e Ativista Cultural | Reiki Master & Karuna Reiki Master
Nova Parnamirim – Parnamirim/RN

Texto publicado:
Jornal de Hoje em 27 de agosto de 2012
Natal/RN

Conflitos de gênero na Batalha da Roberto Freire

Conflitos de gênero na Batalha da Roberto Freire

Organizações vem enfrentando desafios a tornarem-se e continuarem produtivas tendo condições de manterem-se no mercado. Buscam ambientes flexíveis e adaptados a constantes mudanças. Diversificam seus quadros funcionais tornando-os mais heterogêneos. (Capelle).
No princípio o homem, com seu espírito de aventura e desbravamento abriu (o)s caminhos para novas descobertas. Com o passar d(o)s tempos estes caminhos foram sendo caminhados, repassados e o homem deixou de descobrir e desbravar para voltar onde já tinha ido, e os caminhos tornaram-se (a)s trilhas. As trilhas deixaram de ser transitadas somente pelo homem, mas pelo homem e (a) sua prole. As proles se instalaram e formaram (a)s cidades, onde o homem novamente abriu (a)s ruas e (a)s avenidas. No princípio do Universo era Deus. E o homem é um enviado de Deus. 
A Avenida Roberto Freire, que um dia já foi Estrada de Ponta Negra,  foi batizada com um nome que caracteriza o gênero masculino. Nome de um(a) família d(a) terra, tal como a de Gilberto Freyre, o sociólogo do sertão. Instalaram-se ali (a)s empresas, (a)s escolas, (a)s faculdades e (a)s concessionárias de automóveis. Empresas se instalaram na Roberto Freire. E (o)s poderosos, (o)s donos d(o) saber, donos d(o) conhecimento e donos d(o) poder se apossaram d(a)s instalações. Esqueceram quem detém (a) informação. A teoria feminista pós-moderna fundamenta-se em tecer críticas ao conhecimento e a informação (Callas & Smircich, in Capelle)
O homem, gênero masculino e não espécie conduz a empresa com um(a) administração ortodoxa, tradicional, baseada em conceitos e afirmações, com inflexibilidade. O mundo, o universo tem que estar em equilíbrio de forças e energias. 
Uma empresa para atingir o seu público alvo, (o) seu cliente é necessário estar em equilíbrio com estas forças e energias. È necessário uma administração holística. Para alcançar a gestão de qualidade é necessário ter qualidade de gestão.  
Mas os homens, cuja vida terrestre é breve, por não saberem harmonizar as causas dos tempos idos, e das gentes que não viram nem conheceram, com as que agora vêem e experimentam e, como também veem facilmente o que no mesmo corpo, na mesma hora e lugar convém a cada membro, a cada tempo, a cada parte e a cada pessoa, escandalizam-se com as coisas daqueles tempos, enquanto aceitam as de agora. (Santo Agostinho)
Hoje a partir da linha de pesquisa da Avenida Roberto Freire no RN encontramos de um lado da via, justamente do lado onde podemos ainda encontrar sinais da Mãe Natureza com sua fauna e sua flora mesmo por cima das areias ou terras formadas pelas dunas uma reserva natural com resquícios da Mata Atlântica. Onde quem sabe talvez os cientistas descubram que por baixo daquelas dunas há um grande cetáceo. Encontramos ali diversas coordenadoras de cursos em uma universidade federal conduzida por uma Reitora, numa cidade administrada por uma Prefeita que por sua vez tem uma Governadora que faz parte de uma Federação presidida por uma Presidenta.
Não é à toa que o símbolo representativo do sexo feminino é um circulo com uma cruz voltada para baixo, posicionada como uma intenção de fixar, de ancorar à Terra. Ao
contrário o homem tem como símbolo uma seta voltada para cima dando uma noção de antena como uma das hastes da seta (antena) voltada ao universo e a outra voltada para a superfície da terra. Recebendo mensagens e informações  do espaço e retransmitindo a quem está na superfície terrestre. Fazendo a conexão, um link do Universo com a Terra.

Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master | Produtor Cultural e Ativista Cultural  

Texto publicado em
20 de agosto de 2012 no Jornal de HOJE
Natal/RN

terça-feira, 1 de março de 2016

Jabutis em árvores (parte 5)

Jabutis em árvores (parte 5) 



Uma faculdade não vai transformar um aluno em um bom profissional, muito menos no melhor profissional do mercado. Não é a melhor nota em uma prova que define o melhor aluno. Mas com o investimento diário em assuntos diversos. É com informações múltiplas, que se constrói um conhecimento, um saber.
Alunos investem em um conhecimento extraclasse: conversando, lendo livros e folheando revistas. Pesquisando na internet e intranet. Por TVs abertas e fechadas, por teatros e cinemas. Viajando e conhecendo novos lugares, outras pessoas, vivenciando situações. E a instituição de ensino ao final do curso se apropria da formação, da criação de um profissional. Notifica ter gabaritado um profissional com os últimos conhecimentos e inovações do mercado. 
O aluno transita entre a residência e a universidade, vê as ruas e o que acontece nas calçadas. O aluno leva o conhecimento para dentro da classe. Enquanto cientistas e professores vivem trancafiados em um laboratório, ou por traz de uma mesa, e com as costas voltadas para as janelas. Ambiente ótimo para que trabalha com nanotecnologias e nanoconhecimentos. Enxergam o mundo pelas janelas de seus computadores. Acreditam que a visão virtual seja uma visão real. 
Toda imagem postada e divulgada na internet tem a motivação e inspiração de quem postou. E a interpretação fica aos olhos de quem a vê. A internet não transmite emoções, transmite imagens e textos que podem ser interpretados com a situação emocional de quem ler ou ver. Situações emocionais associadas ao volume de conhecimento.
Bourdieu olhou e observou, pesquisou e tabulou. Analisou e concluiu que após cinco anos de formado, não importa mais a instituição que emitiu um diploma. O ex-aluno se constrói e reconstrói, nas ruas e nos mercados de trabalho. Não importa ser a melhor ou a pior instituição que cursou. O profissional certificado ou diplomado será um conjunto de conhecimentos adquiridos, e não exclusivos da atribuição de uma instituição.
O conhecimento é um patrimônio próprio, do indivíduo. Um capital que outro não pode se apropriar. Cada qual leva suas armas e bagagens por onde for. Noé colocou na arca o seu conhecimento, os animais que conhecia e sabia criar. Fez na arca um download de seus arquivos. Quando as águas do dilúvio baixaram, pode continuar suas criações. Soltou uma pomba que voltou com uma informação: a relva já renascia.
A universidade é estática, uma montanha para onde Maomé se encaminha diariamente, para responder uma chamada e cumprir um calendário de provas. Ao final do curso as faculdades se posicionam estrategicamente. Intitulam-se com o dever cumprido de colocar conhecimento em uma cabeça vazia. O entendimento de
aluno ser um ser sem luz (a-lunes). Visão que ficou perdida no tempo, na escuridão da falta de conhecimento. 
O professor se coloca em um lugar estratégico da sala. Pode ver todos os alunos à sua frente. Tem a lousa a seu alcance e o controle do aparelho multimídia em suas mãos. O controle da chamada de presença e das notas. Lugar de destaque para que todos os alunos possam olhar e admirar. Controlar e avaliar a turma. Tem circulação livre pela sala entre os assentos dispostos em filas e colunas tal como um pelotão a seu comando.
O conhecimento e a informação circulam pelas ruas e avenidas, fora do ambiente universitário. Está em livros e revistas, em bibliotecas e hemerotecas. Ao alcance dos dedos e nas palmas das mãos. O professor tem o dever e a missão de abrir janelas de conhecimento, sem fechar portas. Não impedir pensamentos transversais, por ideias interdisciplinares. Abolindo o discurso que determinado tema não faz parte da disciplina. Disciplina é para soldados indisciplinados. 
Santos e imagens. Uma instituição de ensino é um santo que emite uma imagem representada por um certificado ou diploma. Um pedaço de papal afirmando algo a respeito de um súdito que frequentou suas instalações. Um certificado ou um diploma produz uma área de conforto. A comodidade adorada da não necessidade de avaliação de um currículo de vida (Curriculum Vitae), ou uma bibliografia produzida. 
Existem os que se apropriam do comportamento da lebre ou do jabuti. Escolas e professores parecem ter se apropriado dos comportamentos da lebre justificado pela velocidade dos acontecimentos e da tecnologia. Apropriaram-se do comportamento, apropriando-se do tempo. Determinam o tempo dos alunos. Quanto tempo tem para estudar, quanto tempo tem para ler e pesquisar; e quanto tempo tem para responder o que foi demonstrado.  

 N  /RN ─  09/08/2014       
Texto produzido para:  O Jornal de HOJE – Natal/RN
Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento 
Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento 
Key Words: management; quality;  knowledge  
  
CMEC/FUNCARTE Cadastro Municipal de Entidades Culturais da Fundação Cultural Capitania das Artes  Natal/RN    
Roberto Cardoso   

Jabutis em árvores (parte 4)

Jabutis em árvores (parte 4) 

As fábulas são criadas e contadas para crianças com objetivo de criar valores, ideias e comportamentos em sua formação. Atos e atitudes para serem lembradas no decorrer da vida. No entanto, a cada momento da vida, podemos mudar conceitos e valores. A sociedade muda e mudam os conceitos e os valores. 
Em um mundo que se preconizava a velocidade, conceitos foram implantados de forma subliminar. Na corrida entre o jabuti e a lebre, venceu quem chegou primeiro. Quem chegou depois pode ter perdido vantagens e posições. O mundo hoje é outro, e prevalecem igualdades entre as classes, de lebres e jabutis, homens e mulheres; privilegiados e não privilegiados. Crianças e adolescentes; idosos e portadores de necessidades especiais conquistam seus espaços. Conquistam suas leis de atenção e proteção. 
E o jabuti lento precisa de uma carapaça para suportar aqueles que andam mais rápido, e sem noção pelas ruas. Outra fábula conta que por um tombo o jabuti quebrou seu casco, mas soube montar as partes quebradas e usar novamente. Ainda é possível juntar cacos e construir novas ideias, novas mobilidades e acessibilidades. 
Tomando por exemplo a cidade de Natal/RN e seus arredores, nos preparativos da Copa. Podemos perceber vantagens oferecidas aos velozes, com ações desproporcionais aos portadores de necessidades especiais e espaciais. 
Com a ideia de Copa do Mundo construíram-se mais pontes e viadutos do que passarelas para pedestres. Mais túneis para automóveis do que faixas de travessia de pedestres. Mais autopistas de alta velocidade do que sinais de transito, oferecendo oportunidades de travessia ao pedestre em avenidas de trafego intenso. Ofertaram mais espaço asfaltado ao transporte particular, muitas vezes individual, do que ao transporte coletivo. 
Aumenta a população de usuários nos coletivos com o passe livre de idosos e estudantes. Enquanto se mantém a mesma frota de ônibus. Aumenta a frota de carros e aumenta a facilidade na compra de um carro, e não aumenta a oferta de assentos nos coletivos. Cidadãos inconformados em pagar uma passagem, com o aperto dos ônibus, descem e no próximo ponto (parada) e compram um carro. Pagantes devem ter prioridade em assentos não reservados. Tal como os idosos, deficientes e gestantes tem prioridade com espaço e assento reservado. 
Comércios e comerciantes apropriaram-se das calçadas procurando proporcionar conforto a seus clientes motorizados, os supostos e esperados turistas. Criaram-se mais vagas de estacionamentos sobre as calçadas, do que calçadas como um espaço público para o transito de pedestres. Aumenta o número de carros diariamente sobre calçadas, diminuindo o espaço das calçadas sistematicamente.
Algumas calçadas foram remodeladas buscando mostrar uma acessibilidade com conceitos errados de mobilidade. Surge assim uma boa plataforma de obras para próximos administradores, consertar calçadas maquiadas. Terminou a Copa e os turistas se foram. Com as águas das chuvas a cidade removeu suas maquiagens.
Em Ponta Negra (Natal/RN), na principal avenida. Em frente a um shopping com produtos regionais e culturais, existe uma faixa de pedestre. No alto da via no mesmo local uma placa indicando velocidade máxima 70 Km/h. Como a faixa de segurança para pedestres está localizada em uma ligeira elevação na avenida, dificulta sua visualização pelos motoristas em ascensão na pista. Enquanto pedestres com ares de turista atravessavam, os carros se esforçavam e paravam, evitando um acidente internacional. Hoje o motorista que trafega em velocidade permitida, não respeita o pedestre na faixa, talvez por evitar uma freada brusca em poucos metros, entre o veículo e o pedestre em travessia. Exemplos de uma engenhosidade de transito, formulada por analistas e especialistas de escritório. Acreditam ver e entender a cidade de suas janelas em computadores.
A cidade ainda sofre pelos efeitos das chuvas, provocando alagamentos e inundações. Locais onde já não havia calçada suficiente, em dias de chuva, obrigam pedestres a circular pelo meio das ruas desviando de carros e poças, enquanto motoristas se acham no direito de provocar um banho de água de chuva e lama nos transeuntes. Outros motoristas bloqueiam o livre acesso entre ruas e calçadas, estacionando paralelo à guia, por vezes bloqueando rampas. Agora é preciso ser lebre para pular entre poças e carros dos jabutis com casco duro.
As reclamações sobre o transporte coletivo e a demora de espera em paradas de ônibus. Não são exclusivas de poucos ônibus circulando. Mas principalmente de investimentos no transporte motorizado e particular. As dificuldades do transito criam dificuldades para circulação não só de trabalhadores, mas principalmente de carros de policia e ambulâncias. Proporcionando atrasos no socorro e policiamento.
Administradores públicos criam mobilidade veicular em causa própria, já que possuem veículos oficiais de uso individual. E precisam de ruas e avenidas livres para esboçar suas importâncias ao desfilar para o público. Abusam de uma jactância e um poder conquistado pelas urnas. As eleições estão próximas, e os candidatos já começam andar devagar como jabutis entre os eleitores, tentando conquistar seus lugares em uma árvore. 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  03/08/2014

Jabutis em árvores (parte 3)

Jabutis em árvores (parte 3) 



O automóvel foi concebido, planejado e construído, para facilitar o deslocamento de pessoas, encurtando distancias e reduzindo o esforço físico, de quem transporta algo, ou é transportado. Foi idealizado para transportar pessoas, cargas e volumes, como uma evolução do tempo, e do transporte por tração animal. A força de seu motor é medida em cavalos, HP (Horse Power). E as velas dão início a sua combustão. O espanhol preservou uma escrita, denominando como ‘coche’, enquanto os ingleses mantém o volante na posição dos cocheiros. No Brasil ainda é comum manter carros em frente das casas, sobre as calçadas, como animais de montaria amarrados, aguardando seu dono. (Jack and JAC. JH em 10/09/12). Afinal todos querem mostrar que possuem um puro sangue.
A invenção do estribo facilitou o controle dos cavalos, e parte do controle do automóvel é feita com as pernas e os pés. Enquanto os transportes eram por veículos de tração animal, justificavam as paradas para descanso e/ou alimentação dos animais condenados a puxar carroças ou mesmo bondes. Hoje não justifica parar um carro para descanso de seus cavalos de potencia contidos em seu motor. Pare abastecimentos e arrefecimentos, de minerais e vegetais (óleos, gasolina e álcool de cana); água e reparos em cascos e ferraduras (rodas e pneus), novas estrebarias com outras ferramentarias. Existem os postos de automotivos. Com uma bandeira comercial, que os identificam de longe. Em estradas, há placas com mensagens visuais, que identificam os serviços oferecidos.
O homem inventa, e faz criações com objetivos. Da mesma maneira que os automóveis foram concebidos, planejados, e construídos, para facilitar transportes, assim foram os aviões, dirigíveis e outros meios de transporte. Um avião parado é uma aeronave que gera custos e prejuízos. Um avião pousa apenas manutenções e reaparos, para abastecimento e troca de tripulação. Descarregar e carregar ideias.
Pensando na lebre da fábula que o carro pode ter sido imaginado e construído. Assim um carro estacionado foge a lógica de sua concepção. Não justifica ficar em cima de uma calçada parado como um jabuti. Adquirir um carro pode provocar benefícios e problemas. Uma guia ou meio fio, formando um degrau indica que a calçada não é local de transito de automóveis. Uma faixa amarela contínua indica que não é permitido estacionar junto à guia naquele trecho de avenida. Condutores aprendem as regras de transito apenas para obter uma habilitação. Há uma komunicologia pelas ruas e calçadas que precisa ser compreendida e respeitada.
Para possuir um avião é necessário ter uma pista para pousar e decolar, e um hangar para guardar e fazer manutenções. Um trem precisa de trilho entre uma origem e um destino. Ter um carro é necessário ter uma garagem para guardar, e uma pista para circular. Ruas e avenidas têm custos, de construção e manutenção, limpeza e conservação. Daí vem uma necessidade de cobrar impostos a veículos
automotores que desgastam e usam ruas e avenidas (IPVA). Comodidade para abastecer, comprar e circular tem usos e custos, tudo tem um preço.
O uso das calçadas pelos automóveis, não estão incluídos na arrecadação do IPVA. Mesmo com o pagamento do IPTU, o proprietário do imóvel não tem direito sobre o uso das suas calçadas á frente de seus imóveis. Calçadas são destinadas a pedestres, e a melhor denominação das calçadas é passeio publico. Um espaço público, para livre circulação daqueles que não usam carros por opção ou por falta de condição. Daqueles que buscam seus destinos com uma locomoção própria. Para uso daqueles que não dispõem de veículos automotores movidos por combustíveis fósseis, mas das forças de suas mãos e braços, impulsionando suas duas rodas.
Proprietários e motoristas ao adquirirem seus problemas, seus veículos. Insistem em estacionar em calçadas ou passeios públicos, transferindo seus problemas para aqueles que circulam pelas calçadas, munidos de uma locomoção própria com auxílio das próprias pernas.  
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  27/07/2014       
Texto produzido para:  O Jornal de HOJE – Natal/RN
Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento 
Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento 
Key Words: management; quality;  knowledge  

Jabutis em árvores (parte 2)

Jabutis em árvores (parte 2) 



O casco do jabuti tem estrutura para suportar pequenas árvores tombadas. Aguardar uma breve ou demorada decomposição de um arbusto derrubado. Talvez por uma tempestade ou por infestação de cupins, diversas podem ser as causas da queda de uma árvore. Enquanto o tempo da libertação não chega, vai se alimentando com formigas que passam ao seu redor, de caramujos que transitam ao seu alcance, ou de folhas que caem.
Pois o jabuti pode esperar até que as composições físicas, químicas e biológicas do vegetal se modifiquem, e tornem a árvore mais leve. Permitindo assim ao jabuti se desvencilhar do peso que suportava, sobre o casco. A força que o impedia de caminhar. Composições e decomposições que podem ser aceleradas e modificadas. Com períodos e alternâncias de chuvas e de Sol, quente e frio, baixa umidade e alta umidade no ar. Ou mesmo com uma participação insetívora roendo ou dilacerando o tronco. Insetos instalados na árvore tombada podem atrair animais insetívoros que vão de alguma maneira ajudar a dilacerar mais o vegetal, facilitando e acelerando, um processo de decomposição e transformação. Na natureza nada se cria; tudo se transforma; inclusive as ideias. 
As fabulas infantis trazem exemplos de comportamento. Enquanto uns se comportam como jabutis, outros se comportam como lebres. Enquanto a lebre da fábula correu e chegou mais rápido, o jabuti demorou mais para chegar ao local determinado. Mas que local? O que motivaria um jabuti e uma lebre, irem a um determinado ponto? Quem determinou um momento de partida? Quem determinou uma linha de chegada? Quem determinou que devesse acontecer uma corrida entre dois animais totalmente diferentes? Se as pessoas e os animais são diferentes, diferentes serão suas habilidades. 
Mas se realmente aconteceu uma corrida entre o jabuti e a lebre. Torna-se evidente que a lebre correria com vantagens. Chegaria antes do jabuti. E se o jabuti não chegou primeiro, teve tempo e oportunidade de observar as transformações à sua volta, perto e distante. Observou o caminho e a trajetória da lebre. 
A lebre só serviu para mostrar que é necessária uma velocidade para chegar a um ponto. E muitos impeliram este comportamento sobre os outros. Impeliram um comportamento de velocidade aos outros. E aliado à velocidade exigiram uma qualidade. Exercer tarefas com velocidade e qualidade, que podiam ser atingidas com foco e determinação. Olhar para o alvo a ser alcançado e com velocidade para chegar ao objetivo. 
O jabuti chegou ao mesmo ponto com a experiência de observar tudo o que aconteceu a sua volta. O jabuti que esperou a modificação físico-química; esperou a transformação biológica do tronco sobre a sua carapaça. Enquanto estava
imobilizado pela árvore, alimentos devem ter transitado ao seu alcance. Situações aconteceram diante de seus olhos, perto e distante. Aromas e visões, audições e sensações, provocaram saberes e sabores.
Uma nova fabula foi criada, a fabula da FIFA. Cidades sedes fizeram modificações estruturais na arquitetura urbana. Modificações que as colocariam prontas a disputarem a chegada de turistas e investimentos. Modificações que as diferenciassem de outras cidades, que já disputavam visitas e viagens, turistas e investidores. As cidades sedes começaram um trabalho de modernização e acessibilidade, que não ficaram totalmente prontos para a Copa do Mundo.
As cidades sedes continuam com suas obras de modernização e acessibilidade. Cada cidade sede, pouco melhorou, e ganharam novos concorrentes, com destaques na mídia mundial, as outras cidades sede. E cada cidade sede tem os mesmos problemas, terminar obras e resolver as mesmas questões de modernidade e acessibilidade, com concorrentes em mesma situação, a disputa continua.   
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  20/07/2014

Jabutis em árvores (parte 1)

Jabutis em árvores (parte 1) 
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Quando um jabuti fica aprisionado, imobilizado e impedido de prosseguir seu caminho, travado em sua trilha por uma tora sobre a sua carapaça. Preso por uma arvore caída, enquanto prosseguia em sua lenta marcha. Quando um jabuti é acometido por uma queda de uma árvore, que caia sobre o seu corpo impedindo seu deslocamento, o jabuti tem consciência, discernimento e paciência para esperar uma oportunidade de libertação.
Mas quando um jabuti é encontrado em cima de um galho de uma árvore, duvidas surgirão para uma tentativa de explicação. Há apenas uma certeza, o jabuti não subiu sozinho na árvore, alguém o colocou lá. O comportamento e as habilidades de um jabuti não facilitam as escaladas em árvores.
Terminada a Copa, só resta agora descobrir onde estão os jabutis e as lebres. Quem tem a velocidade necessária, e quem tem uma lentidão necessária. Habilidades e ocupações. Quando é necessário ser ligeiro como uma lebre, e quando se torna necessário ser paciente e lento como um jabuti. Enquanto a lebre tem velocidade e foco para atingir um objetivo ou um alvo, o jabuti tem o privilegio de acompanhar a trajetória da lebre e observar as suas falhas. Acompanhar seus movimentos, seus melhores e piores desempenhos em retas e curvas, em declives e aclives. Quando seria melhor avançar, recuar ou descansar.
A Alemanha antes da Segunda Guerra esteve em águas territoriais brasileiras e afundou alguns navios brasileiros. Atacou, deu os primeiros tiros, afundou navios e no final perdeu a guerra. Em 2014 esteve em estádios no Brasil e afundou algumas esquadras. A Alemanha sobreviveu à guerras, foi dividida, pagou dividas cobradas pelos vencedores das guerras, e com paciência ressuscitou das cinzas e dos escombros. Reunificou-se e reergueu-se proporcionando qualidade de vida à sua população, mesmo com uma rendição.  
A próxima Copa do Mundo em 2018 acontecera em um país que viveu os cenários de uma guerra. Um país que aproveitou seu inverno para vencer invasores. Soube usar seu terreno e suas intempéries para observar o inimigo e aguardar sua própria derrota, por fome e por frio. Com sua falta de planejamento. A Europa foi palco de guerras. Viveu dificuldades e soube aproveitar as oportunidades. Transformou suas guerras e batalhas em conhecimento.
A literatura infantil mostrou uma corrida entre a lebre e o jabuti. E crianças desde cedo brincam de pique e coridas, esconder e achar, disputando o primeiro lugar. As olimpíadas que acontecem em períodos entre guerras, desafiam povos e competidores, a vencer e ganhar. Obter a honra de ganhar uma medalha. E que seja uma medalha de ouro, de prata ou de bronze. Não há medalha ou lugar no pódio para quem termina em quarto lugar. 
Comandantes não correm ao comando de avançar. O comandante da uma ordem ao corneteiro para tocar o toque de avançar; e observa o desempenho da tropa. Dependendo de seus objetivos, manda recuar ou avançar, com apoio de outras tropas, outros pelotões, ou outros batalhões, com baterias das cavalarias e artilharias. 
E da mesma forma que os comandantes no campo de batalha, se comportam os técnicos de futebol (Coach). Posicionam-se em sua casamata à beira do campo. Controlam e comandam o time, de fora do campo, observando, analisando, ajustando, substituindo e fazendo as modificações necessárias. 
O mundo gira, tal como uma bola. Os primeiros petardos e armas de mão foram esféricos, em formas de bola. Balas e bolas em campos de batalhas. Bolas em campos gramados. O planeta gira e tem uma forma de bola. Povos se divertem e brigam com bolas. Disputas são feitas com uma bola. Bolas pesadas na luta armada, na guerra em campo minado. Bolas coladas no campo gramado. Contingentes morrem por ebola e embolias. Muitos em parte desta guerra usam bolas e colas.   
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  13/07/2014       
Texto produzido para:  Jornal de HOJE – Natal/RN  

Brasileiros endividados

Brasileiros endividados
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Na data de 25 de julho, encontrei na seção Opinião deste jornal um artigo sobre o endividamento de brasileiros, famílias brasileiras endividadas e a crise econômica, destacando números e percentuais em capitais brasileiras, baseados em pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, a   FecomércioSP, e o estudo denominado Radiografia do crédito das famílias nas capitais brasileiras (2010 e 2011). 
Buscando o citado relatório, pude observar que a situação não é tão calamitosa quanto parece.  As pesquisas estão baseadas em macrodados obtidos por terceiros e não representam o brasileiro como consumidor individual e sim como grupos familiares. Como também não determina o período da dívida, o tamanho da dívida e a que se referem as dívidas. Apenas se baseia em comprometimento de renda familiar.
Tal trabalho foi elaborado por uma instituição que representa basicamente o grupo de comerciantes do Estado de São Paulo e suas expectativas quanto ao futuro dos créditos e financiamentos na aquisição de seus produtos e serviços, por seus potenciais consumidores. Toda pesquisa é tendenciosa aos seus objetivos, que aqui procura descobrir o perfil de seus clientes e o quanto dos seus gastos, suas dívidas em bens de consumo é direcionado, partilhado, dividido como sistema financeiro. Provavelmente deverão em outro momento sensibilizar a sociedade consumidora, a perceber o quanto gastaram em encargos financeiros, ou seja, em 2011, bilhões deixaram de ser contabilizados pelo comércio, sendo contabilizados pelos bancos e financeiras. 
A pesquisa levantou um grande volume de informações que destas foram selecionadas aquelas consideradas mais relevantes, para fornecer uma visão dos fatos que ocorreram entre dois anos. No ano de 2010, com acesso ao crédito e no ano de 2011, que iniciou com ações restritivas aos empréstimos, principalmente para as pessoas físicas.
Muitas são as possibilidades de um comprometimento de renda familiar. O comprometimento da renda de uma família pode estar relacionado com o custeio de uma universidade, seja dos filhos ou dos provedores. Com o financiamento da casa própria, com a aquisição de bens duráveis. Comprometimento com aquisição de remédios de uso contínuo, necessidades de exames periódicos e otineiros ou dietas específicas. Um socorro financeiro de um parente ou amigo desempregado ou atrapalhado com as contas. Até mesmo uma ajuda no reestabelecimento de saúde, de um componente da família, de um parente, até que este possa novamente reingressar no mercado de trabalho.
Seria preciso uma análise mais profunda da pesquisa para entender sobre as dívidas e comprometimento de renda, de cada família. A mensalidade de um plano de saúde pode ser um comprometimento de renda visando não adquirir uma dívida em uma situação emergencial. Já nascemos com dívida, visto que um casal que pretenda ter um filho poderá ou terá que antecipadamente adquirir um plano de saúde, cumprir as carências para então se beneficiar da assistência médica e hospitalar, na condição de parturiente. Um estudante que ingresse hoje na universidade particular e faça opção pelo credito educacional já estará se endividando para um tempo futuro, depois de formado e depois de empregado. 
Vivemos hoje uma nova revolução industrial e o consumo vem se popularizando e intelectualizando com produtos desta nova revolução, com sistemas de C&T e P&D, um  momento que pode-se chamar de economia do conhecimento. Portanto razões e motivos não faltam para justificar um comprometimento de renda familiar. 

Roberto Cardoso Produtor Cultural e Ativista Cultural | Reiki Master & Karuna Reiki Master 

BATALHA NA AVENIDA ROBERTO FREIRE

BATALHA NA AVENIDA ROBERTO FREIRE
PDF 002 

O homem estuda o universo e observa padrões. Estuda o corpo humano, a mente e continua a observar padrões. Analisa a história e também observa padrões.
  Por séculos a humanidade desejou, brigou e guerreou por produtos e coisas tangíveis. Hoje o produto de maior valor é intangível, o bem mais precioso é o conhecimento, a informação.
Quartéis dos poderosos, dos históricos conquistadores de novas terras, em séculos ou décadas anteriores se reencontram em Natal/RN. Simbolicamente, cada com suas estruturas, hábitos e práticas. Holandeses, portugueses, americanos e potiguares se instalam na Avenida Roberto Freire. Recrutam semestralmente novos contingentes, cada qual buscando obter um exército maior, mais competitivo. 
Os quartéis da Roberto Freire, com seus brasões e símbolos heráldicos à frente, exibem-se diante da avenida, mais avançados ou mais recuados, com maior ou menor ângulo de visão e exibição. Dispostos para combate e marcha em posição ou formação de flancos ou pela cabeça (Maquiavel). 
Toda grande universidade ou grande quartel militar está instalada ou localizado em um campus, um espaço grande e aberto para absorver a energia do universo. A Avenida Roberto Freire não disponibiliza grandes espaços, a especulação imobiliária não permite. O campo verde e energético à frente, o Parque das Dunas, é comum á todos, mas o chi ou ch’i, a energia universal corre com muita velocidade pela avenida e há os que sabem usufruir, não deixando a energia fugir, captando o necessário.
Cada nação ali representada prepara um exército que daqui a dois, quatro, ou cinco anos irá levar suas bandeiras á guerra de mercado. Gramsci (1891-1937) enfatizou que a guerra é a máxima concentração nas mãos de poucos, a máxima concentração de indivíduos nos quartéis. 
A avenida observa uma guerra pelo poder do conhecimento, uma disputa pelo campo educacional, cada qual com seus planos de negócios e suas missões. A economia dos bens simbólicos (Bourdieu, 1930-2002) estabeleceu aquela avenida como seu campo de batalha. Não existe lugar melhor da Cidade do Natal/RN para tropas opositoras se encontrarem e se instalarem para uma guerra, uma avenida socialista, ampla com projetos de ampliação e melhoria. Local de batalhas que não haverá mortos e feridos. Cada qual com seu discurso de melhor qualidade, usando argumentos astutos e científicos para persuadir e garantir seus poderes estaqueados na miséria das maiorias, a miséria do conhecimento. Não haverá vencido ou vencedor, mas irá se destacar aquele que tiver o êxito, aquele que enviar a melhor tropa ao front. Não bastará quantidade, mas sim, qualidade, conhecimento, tática e estratégia, em cada especialidade.
Roberto Freire nome de engenheiro e político socialista. Também é nome de um psicólogo renomado, empresta seu nome a importante via urbana da Cidade do Natal. A avenida que liga a região costeira ao interior, permitindo a interiorização das tropas. A avenida que possibilita e facilita o acesso ao campo de pouso e ao comércio. Facilita a movimentação das tropas turísticas acampadas em luxuosos hotéis junto ao litoral da Praia de Ponta Negra. 
As tropas turísticas já chegaram, desembarcaram, e continuam chegando via navegação aérea, em grandes naus tripuladas. Primeiro chegaram os portugueses com suas naus da denominada TAP ou Air Portugal. Agora estão chegando os holandeses nas naus da K Line, em breve chegaram os americanos nas naus da American Airlines, United, Delta e outras. Isto sem contar outros povos localizados no hemisfério norte com tecnologias para cruzar em poucas horas a linha do Equador. 
A China vem se destacando no cenário internacional com a maior população mundial e despontando como grande mercado consumidor e exportador. O RN já prepara o seu novo aeroporto para receber o maior avião de passageiros do mundo o Airbus, A380.
Portugueses e holandeses sempre foram bons navegadores, desde no limiar da Idade Moderna lançavam-se à conquistar novas terras, novas riquezas. Construíam suas próprias naus. Holandeses ainda estão no mercado de navegação com seus Fokers. Aos poucos perderam a posição de liderança na construção de naus para navegação. 
Com o avanço tecnológico, e aumento da demanda de transporte, hoje estes antigos navegadores recorrem ao uso de naus maiores fabricadas por outros povos, inclusive pelo consórcio Inglaterra-França. Duas nações que já tiveram no ápice de importância diante do mundo, montam grandes ônibus aéreos, os Airbus. Os estadunidenses deverão chegar com naus de fabricação própria, seus Boeings.
No século XVII aconteceram guerras holandesas contra os portugueses aqui instalados, as guerras pelo açúcar, o bem tangível da época. Holandeses tentaram controlar as fontes brasileiras de produção. Hoje estes povos deparam-se novamente, aquartelados com seus líderes e opositores do passado em destaque, Estácio de Sá e Maurício de Nassau. 
Estrategicamente entre estes dois que já se enfrentaram no passado, portugueses e holandeses instalados na Avenida Roberto Freire, encontramos um exército de paz ‘UN’ United Nations associado ao exercito local os ‘P’ de potiguares. Potiguares, capitaneado por um laureado, palavra que significa eminência ou associação com a glória literária ou militar. É usado para os vencedores do Prêmio Nobel (Wikipédia). 

Roberto Cardoso
Produtor Cultural e Ativista Cultural | Reiki Master & Karuna Reiki Master

DICOTOMIA NATALENSE

DICOTOMIA NATALENSE
PDF 001

Enquanto uns poucos passam velozes, pelas avenidas, em seus carros com nomes atípicos ao nosso vocabulário, outros muitos tentam atravessar as mesmas avenidas, que parecem ter sido construídas apenas para aqueles habilitados a conduzir belos veículos.
Da mesma forma que aqueles muitos hoje dedicam parte do seu tempo investindo em seus futuros, buscando uma oportunidade futura no mercado de trabalho. Também buscam diariamente uma oportunidade de atravessar uma avenida.
Na Av. Eng° Roberto Freire em frente à Faculdade Maurício de Nassau é possível ver a cena, diariamente: dezenas de carros transitando num vai e vem contínuo e milhares de alunos tentando atravessar a avenida, se esgueirando, se contorcendo e torcendo por uma oportunidade, não só de concluir a sua faculdade, mas também de atravessar a avenida.
Segundo informações ouvidas pelos corredores universitários, autoridades do transito alegam que a poucos metros existe um sinal onde os alunos podem atravessar a avenida. Uma travessia garantida por um semáforo que possibilita atravessar com segurança apenas uma das pistas. E a outra como fazer? Como atravessar? Do mesmo modo que se atravessam as duas pistas em frente à faculdade! Questiono as autoridades competentes e autorizadas no conhecimento da engenharia de transito. Qual o volume diário de pessoas que atravessam usando o sinal próximo ao Supermercado Favorito? É de conhecimento dos seus departamentos? 
Na Faculdade Maurício de Nassau segundo fontes oficiosas, conhecedoras, mas não autorizadas a fornecer a informação, são mais de 3.200 alunos matriculados. É verdade que muitos chegam e saem de carro, de moto ou de carona, ainda assim teremos um número considerável. Mas a faculdade não é só para quem é motorizado. Com, tantas oportunidades de crédito educativo, entende-se que não! Uma maioria sem meios próprios de locomoção está presente.
Com funcionários, professores, acompanhantes e transeuntes, algum passageiro incauto necessitando de um transbordo entre coletivos, chegaremos a um número considerável de pedestres atravessando diariamente naquele ponto da avenida. Suponho que muito superior ao contingente que atravessa no sinal próximo do supermercado.
Portanto senhores Engenheiros da engenharia de tráfego façam sua reengenharia e coloquem no local: uma faixa de pedestre, ou um sinal com botoeira, ou uma placa indicativa de travessia de pedestre, ou uma placa indicativa de travessia escolar ou uma placa indicativa para os veículos reduzirem velocidade, ou uma lombada, ou uma lombada eletrônica. Pensem numa solução melhor, sem escamoteamento. Afinal o dinheiro público que paga seus salários é para que pensem e criem soluções.
Qualidade de vida começa com o direito de ir e vir, e para todos! 
Natal/RN 
Roberto Cardoso Reiki Master/Karuna Reiki Master

Texto Publicado impresso em:
  • NOVO Jornal em Natal/RN
  • Jornal do DCE da Faculdade Maurício de Nassau em Natal/RN
 
Publicado em:  http://macandtec.blogspot.com.br/2012/05/dicotomia-natalense.html#!/2012/05/dicotomianatalense.html